Agosto(25-quarta)2010 Comentário à 1ª Leitura
(22ªsemana T.Comum -
1Cor 3,1-9 Nós somos cooperadores de Deus e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus.
[Evangelho devo anunciar a Boa Nova também a outras cidades, pois para isso fui enviado.Lucas 4,38-44]
1ª LEITURA 1Irmãos, não pude falar-vos como a pessoas espirituais. Tive de vos falar como a pessoas carnais, como a crianças na vida
SALMO DE RESPOSTA — Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!— Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.
— Ele contempla do lugar onde reside e vê a todos os que habitam sobre a terra. Ele formou o coração de cada um e por todos os seus atos se interessa.— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.
EVANGELHO Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: "Tu és o Filho de Deus". Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: "Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado". 44E pregava nas sinagogas da Judéia.
Como os Profetas diziam em versos carregados de emoção e paixão: Deus está no centro de tudo, principalmente em cada um de nós. O papel dos ministros, anunciadores da Boa Nova, é o de auxiliares numa obra, colaboradores. M.Domergue em comentário ao evangelho do domingo passado escreveu: A primeira atitude típica do espírito de serviço - que é o espírito de Deus - é permitir que os outros sejam tais quais são, tais como foram moldados por hereditariedade, educação e pelas provações vividas. Cada um de nós é um ponto de convergência de tantas contribuições que chegam de fora e nos constroem na medida em que as fazemos nossas.
Sabedor disso, Paulo chama à atenção os cristãos de Corinto que estavam dividios em “seitas” ou grupos, disputando como crianças quem é o mais querido de papai e de mamãe. Numa comparação agrícola ele indica ter havido muitas intervenções na lavoura, mas o crescimento não é devido a este ou àquele mas, “quem é importante é aquele que faz crescer: Deus”.
Somos livres, frente a pessoas, ritos ou costumes, quando reconhecemos a fonte que brota dentro de nós: é o autor de todo bem. No centro de cada um e no centro da comunidade está o Senhor. Sem ele nenhuma respiração, nenhuma vida, nenhuma existência. Mesmo que sua ação amorosa seja mediada por “cuidadores” da plantinha que em nós foi semeada. Mais adiante Paulo exclama: (verso 16): não sabíeis que sois o templo de Deus e que o seu Espírito habita em vós? Isso vale em primeiro lugar para a comunidade de fé, mas refere-se a cada um dos membros, porque Deus se importa com cada um, pessoalmente.
Confirmando esse poder da presença divina, o evangelho conta a cura da sogra de Pedro e de muitos doentes. Onde Jesus entra traz a alegria da cura e logo todos se sentam à mesa como numa festa. Ele tira a doença e outros males. Ele nos livra da infestação dos vírus parasitas chamados de demônios. (Aqui não importa se entendemos o termo como “invasores” exteriores ou se os interpretamos como nossas experiências traumáticas ou lembranças negativas, até inconscientes, que estão agarradas como ferrugem à nosso psiquismo. Não é uma definição que aqui nos interessa mas, constatar que Jesus traz a desinfecção a cada recanto poluído de nosso alma e de nosso corpo. Talvez porque ele se afasta para visitar “outras cidades” (vrsp 43) parece que às vezes nos deixa sozinhos.
Na oração, procuremos contemplar, no silêncio e no mistério, conversando com quem em nós habita: em nosso coração, em nosso espírito, em nossa alma e em nosso corpo. Deixemo-nos tocar pela mão que nos cura, livrando-nos de enfermidades e ressentimentos, purificando-nos da poluição, seja a que está à volta (e a respiramos) seja a que se forma lá dentro, provocando um curto-circuito ou desequilíbrio (cf. Mateus 15,18-20): o que mancha o homem vem de dentro, do coração: é do coração que provêm os maus pensamentos... os homicídios...os falsos testemunhos e calúnias...
( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )
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