Agosto(21-sábado)2010 Comentário à 1ª Leitura
(20ªsemana T.Comum-
Ez 43,1-7a A glória do Senhor entrou no Templo.
[Evangelho Eles falam mas não praticam.Mateus 23,1-12 ]
A última parte do livro de Ezequias é a restauração grandiosa de Jerusalém. Nesse cap.43 a “Glória” do Senhor aparece em nova visão mas, dessa vez, não portadora de destruição mas de reconstituição. O profeta lembra que ela é como outras visões que já tivera antes. Lembremos que a “Glória” é manifestação do próprio Deus embora não saibamos como era essa experiência mística indescritível e só percebida por quem foi escolhido.
O retorno da “Glória” à “Casa” que Ezequiel terá que descrever ao povo é arquétipo do retorno do Senhor à “casa de Israel”, à sua cidade sagrada, ao povo de Israel.
No evangelho, em Mt.cap.23 Jesus faz um longo discurso aos discípulos prevenindo-os contra as mentiras e falsidades das autoridades religiosas de seu tempo. Antes da longa lista de condenação aos fariseus e escribas hipócritas (a partir do verso 13) Jesus mostra que os discípulos devem agir como irmãos, sem pretensão de domínio de uns sobre os outros, pois só há um Mestre e um só Pai de todos.
Para o povo acostumado a ser tratado como ignorante em relação às Escrituras e que, portanto, julga que seus chefes e líderes são bons intérpretes da Lei, era preciso fazer essa advertência fundamental. Jesus reconhece a autoridade oficial dos Escribas mas ensina aos discípulos um método de distinguir entre a religião e a doutrina usada como peso sobre os ombros: atender ao que é ensinado mas sem deixar de olhar o comportamento das autoridades. Elas gostam de aparecer e receber elogios mas não se interessam de fato pelo seu povo. O grande alerta: distinguir o que é cabível – estar atento ao que ensinam mas desprezar o que praticam.
Em ano eleitoral, as distinções para discernimento aqui feitas pelo Mestre nos serão úteis.
( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )
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