Sexta-feira, 27 de agosto de 2010
"A espécie de felicidade de que preciso não é tanto a de fazer o que eu quero, mas a de não fazer o que eu não quero." (Jean-Jacques Rousseau)
Mt 25,1-13
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja Louvado!
Que bom, mais uma vez estamos refletindo o evangelho de Jesus. Muitas pessoas envia-nos emails justificando a alegria de poder receber em casa e no trabalho a mensagem de Jesus. De fato, o Evangelho sempre continuou e continua cada vez mais presente em nossas vidas. Sim! Ele é Alfa e Ômega, princípio e fim, porque trata sobre o Filho de Deus, nosso Redentor.
No evangelho de hoje Jesus conta uma parábola para seus discípulos. Como toda parábola, essa de hoje tem um significado muito importante. Os personagens do texto têm ótimos significados. Porém, vamos fazer primeiro uma pergunta: Qual é o objetivo de Mateus narrar essa parábola contada por Jesus? Como todo escritor, Mateus tem um interesse. Vamos descobri-lo!
Mateus escreve o Evangelho para alguns judeus que se converteram à fé cristã. Muitos desses continuaram realizando os seus costumes, reunindo-se nas sinagogas, seguindo a Torá, fazendo jejuns e respeitando o sábado. O capítulo 25 de Mateus faz parte do discurso escatológico de Jesus. Os judeus que não conheceram Jesus na terra poderão conhecê-lo em seu retorno, a famosa “Parusia”. Portanto, Mateus apresenta aos judeus o fim dos tempos, ou melhor, o retorno de Jesus. Para isso, todos devem estar vigiando e o aguardando.
As virgens apresentadas no texto são os cristãos que estarão aguardando o retorno de Jesus. Muitos desses podem estar preparados, outros, contudo, poderão estar como as virgens imprevidentes. Os cristãos que aguardam o retorno de Jesus, com suas lâmpadas acessas, são aqueles que fazem do Evangelho uma opção de vida, vivendo concretamente os ensinamentos de Jesus, como, por exemplo, “amar o próximo como a si mesmo”.
Uns, que se dizem ser cristãos, lêem o Evangelho fazendo leitura interessada, aceitando o que visa ao lucro e ao interesse pessoal, distorcendo a mensagem bíblica. Gente boa! Isso é muito perigoso. É sinal de que a fé é fanática e não como experiência de vida. Às vezes colocamos a palavra de Deus lá no céu e distanciamos de nós mesmos. O ideal é fazer hermenêutica nesse caso, isto é, ler a bíblia e interpretá-la conforme a nossa realidade. É tão gostoso fazer esse tipo leitura! Percebe-se que a nossa fé cresce, ficando mais forte.
Segundo Mateus, o Reino dos céus é para aqueles que se preparam antes da vinda do noivo (Jesus), tendo em mãos lâmpadas acesas. Numa linguagem atual, o Reino dos céus é para aqueles que ainda acreditam na pessoa de Cristo, amando e promovendo uma sociedade de união e de solidariedade. Há alguns que acreditam que o Reino começa aqui, já para outros, o Reino é após a morte. Para você, quando começa o Reino dos céus?
A parábola
Uma criança perguntou para a vovó: - vovó, quando nós morremos para onde vamos? A vovó, com sua fé piedosa e muito confiante, rezando seu rosário respondeu: - Vamos para o Reino dos Céus! A criança: O que Reino dos céus vovó? A vovó disse: - É onde seus pais moram, depois que morreram num acidente de carro! A menina respondeu: É por isso então que acredito em dois Reinos dos Céus! E a vovó toda piedosa a indaga: O quê, você acredita em dois Reinos do Céu? Disse a criança: Sim! Meus papais estão no Reino dos céus onde moram Deus, Maria, Jesus, anjos, santos e todos que já morreram; mas eu moro num Reino dos céus onde moram a senhora, o vovô, meus tios, primos e tantos outros que eu conheço e que ainda vou conhecer! A vovó não disse mais nada e chorou.
Ai se nós tivéssemos a mesma convicção das crianças, acreditando sempre no possível. Elas nos ajudam entender o mistério de Deus em nossas vidas. Foi por isso que Jesus disse: “Deixai as crianças virem a mim. Não empeçais, pois delas é o Reino dos Céus. Em verdade vos digo: aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele” (Mc 10, 11-12). Quem sabe se o Reino dos céus está em nossa casa e família; ainda mais se tiver crianças! Que Maria, nossa mãe, seja nossa luz e guia. Amém!
Fr.Denis Francisco Rosa Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário