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23 de ago. de 2010

Um tesouro escondido no campo - Pe. Fernando Torres

A sabedoria que precisamos

Outra vez, outro domingo, volta Jesus com mais parábolas. Gosta de sentar-se e contar histórias à gente que lhe escuta. Deixa que os que lhe rodeiam interpretem, saquem conseqüências ou se façam perguntas que talvez lhes terminem mudando a vida.

Hoje, o Evangelho presenteia-nos três parábolas muito parecidas. Todas põem seus protagonistas em frente a um dilema. O que encontra o tesouro escondido num campo tem que tomar decisões rápidas. O tesouro pode mudar a sorte de sua vida. Mas outro o pode encontrar. Há que atuar rapidamente. Não há mais solução que vender tudo o que tem e comprar o campo. Algo muito parecido passa ao comerciante de pérolas finas. Leva toda a vida de mercado em mercado. Tem um olho capaz de descobrir o que vale e o que não vale. Ao final, encontra uma pérola que vale realmente a pena. O protagonista da parábola não duvida em vender tudo o que tem, se desfazer de todas as outras pérolas que tem. Não valem nada em comparação com a que acaba de encontrar. Para o comerciante com vista o que fez é o que devia fazer. Arrisca tudo para ganhar tudo. E melhor para ganhar tudo –e o único ao mesmo tempo– que vale a pena.

Algo muito parecido é o que passa aos pescadores que jogaram a rede e que sacam à orla sua colheita de peixes. Não todos valem o mesmo. O que não entende de pesca talvez ponha a todos na mesma cesta. Enorme erro! Há peixes de diferentes classes e nem todos têm o mesmo valor no mercado. Alguns peixes há que os tira-los diretamente. Não valem nada. A arte de separar os bons dos maus, de classificá-los, é tão importante como saber jogar bem as redes.

Histórias de vida, de nossa vida

São histórias que nos falam de nossa própria vida na qual também nos veremos –ou nos vimos– na obrigação de tomar decisões radicais. Há encruzilhadas na vida em que nos temos que decidir. Recordo um artigo numa revista de pastoral juvenil que se titulava algo bem como “Jovem, te decide, não se pode ser de tudo”. A liberdade não significa ter muitas opções ante nós senão a capacidade para optar, para nos decidir por uma ou outra opção e a sabedoria para tomar a decisão mais adequada. Não decidir, manter abertas todas as opções ante nós não significa ser mais livre senão não exercitar nossa liberdade.

Decidir, optar, é atar-se. O que encontrou o tesouro, o que descobriu a pérola, optou, decidiu, vendeu tudo o que tinha, se arriscou. Achou que era a melhor opção e tomou-a. E uma vez tomada, já não há volta. Outras opções, outras possibilidades, abrir-se-ão no futuro mas já não serão as mesmas que se deixaram passar. Assim é sempre nossa vida. Um caminho no qual sempre se abre encruzilhadas, no qual devemos tomar decisões, assumir os riscos e os possíveis erros. Não há outro remédio.

Discernimento e sabedoria

Hoje pedimos a Jesus que nos dê o discernimento suficiente para compreender onde está o que verdadeiramente vale a pena, o que nos enche para valer de alegria, aquilo pelo qual podemos e devemos deixar tudo (não é isso o Reino?). Esse discernimento é a sabedoria que pede Salomão a Deus na primeira leitura deste domingo.

Porém, atenção, Salomão não pede diretamente “sabedoria” senão um “coração dócil”. É um detalhe importante. A sabedoria não se aprende nos livros nem nas bibliotecas. A sabedoria é a capacidade de ser dóceis à vontade de Deus, a sua Palavra que nos guia pelas encruzilhadas da vida. Porque Deus não quer senão o melhor para nós, nosso bem, nossa felicidade, nossa plenitude, que não outra coisa é o que se diz na carta aos Romanos que se lê na segunda leitura.

Fernando Torres cmf

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

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