17 de agosto
Nesse episódio, Jesus trata sobre a ação caritativa que deve ser preservada pelas pessoas. Jesus apresenta sem receios a sua opção preferencial pelos humildes e mais pobres, e aponta que é difícil uma pessoa rica não ser corrompida e acabar esquecendo dos seus iguais ao chegar em seu auge. No último final de semana, pude acompanhar um padre muito famoso que exerce a função de cantor e arrecada milhares em horas. E me incomodou muito a reação que ele teve com a imprensa e fãs: chamava o fotógrafo oficial para tirar uma foto, sorria e já chamava outro fã. Não perguntava o nome da pessoa, parecia engessado, alguns até o consideraram soberbo. Nem o padre da comunidade, que o convidou a fazer o show - ou melhor, contratou-o -, recebeu um mísero aperto de mão. O padre foi totalmente seco subindo ao palco e depois derreteu os corações de dez mil pessoas em uma apresentação exemplar. Mas do que adianta uma boa apresentação se um homem que passou 8 anos estudando fielmente a Palavra e ainda aceitou o voto de representante do amor de Cristo na Terra, não consegue acolher sequer uma pessoa? Nem a comunidade lotada que veio visitá-lo, nem a prefeitura, nem a imprensa, sequer um presbítero como ele? No fim, ele desceu do palco sabendo que já carregava consigo 98 mil reais que a paróquia desembolsou com o apoio da prefeitura. E partiu, como se a evangelização fosse feita apenas pela emoção musical e não pelo testemunho. Quando o homem rico souber tratar as pessoas como pessoas e não puramente contratos, saberá realmente vivenciar o amor de Deus. Senhor Deus, iluminai os soberbos, avarentos e amantes do poder que não pertence ao Reino, amém. (Lincoln Spada)
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