20 de agosto
A passagem célebre que modifica as estruturas da conceituação do divino na História. Jesus abrange Deus, as ações do Reino e todo o Decálogo como amor a Deus e ao próximo. Trata-se de um amor vertical e horizontal que o humano faz simultaneamente. Quando o indivíduo pratica o amor com outra pessoa, ao mesmo tempo, ele ama a sua semelhança, que é nada mais do que o Criador. E quando o indivíduo ama a Deus, ele também ama a humanidade que vive ao seu redor. Contudo, tem pessoas que só amam a Deus ou aos outros, e desconsideram a outra parte. E ainda vem um terceiro conceito, a pessoa também precisa ter amor próprio, o que significa que precisa encontrar o amor dentro de si antes de oferecer ou querer doar ao próximo. Trata-se de uma relação afetiva muito profunda, e dificilmente conseguirei explicar. Durante essa semana, um namoro foi rompido: a parceira abandonou a relação porque o ama, mas crê que não encontra tanto amor dentro de si. É estranho dizer isso, mas foi uma atitude correta: a pessoa só pode querer o bem ao próximo de fato, se ao mesmo tempo conseguir encontrar amor dentro dela. Será errôneo, desvirtuado e volúvel aquele que se relaciona afetivamente com as pessoas e não se preocupa consigo mesmo, pois irá buscar uma felicidade que só pode ter a resposta com a autonomia afetiva. E para achar essa resposta, terá que perceber o amor de Deus em sua vida. Daí, a combinação intrínseca entre o amor próprio, o amor a Deus e o amor ao próximo, e que esse afeto precisa ser mesclado para que haja um viver saudável.
Deus Cristo, revela-nos sempre o amor divino para que tenhamos consciência da importância integralizada do ser humano como obra santificadora, amém. (Lincoln Spada)
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