11 de setembro
Evangelho - Lc 6,43-49
“Por que me chamais: 'Senhor! Senhor!', mas não fazeis o que eu digo?”
Chamamos e clamamos muito por Deus, achando que isso nos basta, e nos esquecemos de praticar os ensinamentos, principalmente aqueles referentes a caridade. É assustador observar como algumas pessoas reagem quando vê alguém praticar a caridade. Não dê dinheiro para esse vagabundo! Não faça isso! Ele vai comprar bebida ou droga! É impressionante, a falta de caridade no mundo de hoje. Pessoas que avançam sobre quem está sendo caridoso com um mendigo. Até da nossa própria família encontramos quem nos critica veementemente por estarmos dando comida, água ou dinheiro aos famintos e desabrigados. As pessoas nos culpam de estar acostumando mal a um indivíduo preguiçoso, bêbado, e mal-cheiroso. Tem pessoas que ficam tão revoltadas com a prática de caridade que até nos viram a cara quando nos vê alimentando um pobre.
Certa vez vi um homem xingar e agredir um mendigo que ficava à porta de sua casa com chutes e pontapés, inclusive chutou as suas coisas. Mal sabia ele que estava agredindo o próprio Jesus Cristo. Será que aquele homem fora avisado disso antes por algum missionário?
Mas felizmente, outro dia presenciei uma cena inédita! Em uma padaria muito chique, observei uma senhora bem vestida entrar acompanhada do mal vestido guardador de carro que fica sempre na porta da igreja. Sentaram-se à mesa e fizeram o pedido de um suculento café da manhã. Aproximei-me daquela elegante senhora e dei-lhe os parabéns pelo seu gesto de caridade. Ela disse que: Ele sempre toma café comigo.
Não fiquei sabendo se era uma devota mulher, se tinha acabado de sair da missa. O que é certo é que mesmo se não fosse católica de ir diariamente à missa, ela estava sendo uma cristã de verdade por estar praticando a caridade ensinada por Cristo. Talvez muito mais cristã do que muitos cristãos que somente rezam e ignoram ou mesmo agridem os necessitados.
Assim, com toda certeza, aquela caridosa e elegante senhora, estava praticando o que Jesus nos ensinou. Porque “Não existe árvore boa que dê frutos ruins,
nem árvore ruim que dê frutos bons. Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos.”
Irmão. Isso é o que Jesus chamou de produzir bons frutos.
Sal.
Conclusão:
Podemos falar muitas coisas a respeito dos valores que devem nortear as nossas vidas e dos fundamentos mais profundos desses valores, porém o maior discurso que nós podemos fazer sobre o Reino de Deus e a Vida Nova em Cristo é o discurso da vida, uma vez que a nossa vida expressa o que de fato cremos e que valores de fato temos. Se temos uma vida marcada pelo amor e pela solidariedade, na busca da justiça e da fraternidade, é porque de fato a nossa fé é verdadeira, que possui o seu alicerce na verdadeira rocha, que é o próprio Jesus.(CNBB)
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