17 – TERÇA
Evangelho - Mt 19,23-30
A nossa reflexão, no dia de hoje, focar-se-á na dimensão do seguimento de Jesus, pois a respeito do camelo e da agulha (da salvação dos ricos), já explicamos na reflexão do dia 24 de maio de 2010, ainda que tenha sido sobre o Evangelho de Marcos.
A iniciativa de Pedro em lembrar o Mestre de que os discípulos tinham deixado tudo para segui-lo é muito conveniente, pois os seguidores de Jesus queriam mais esclarecimentos a respeito do discipulado. Eles queriam saber qual era a vantagem de deixar uma vida normal para trás e escolher partir para uma jornada sem volta.
Jesus tem a paciência e o cuidado de esclarecer a importância do seguimento. Os discípulos teriam papel fundamental na continuação dos ensinamentos do Mestre e na pregação da Boa-Nova do Reino de Deus. Por isso, Jesus os ama de forma muito especial; afinal, eles serão a comunidade que fará a diferença no mundo.
O redator deste Evangelho, como um seguidor fiel dos ensinamentos de Jesus, vive um período de grande crescimento dessa nova assembleia reunida em torno do Cristo ressuscitado. Há muitas pessoas aderindo às palavras de Jesus, e os fiéis começam a se estruturar em torno da autoridade dos apóstolos, ou de seus discípulos diretos. Mateus salienta que Jesus confiou aos seus apóstolos o múnus de governar, de serem juízes. Mas Jesus queria chefes que fossem capazes de julgar no amor, e pelo amor, assim como ele próprio procedeu.
“Muitos dos últimos serão os primeiros, e muitos dos primeiros serão os últimos!”. Essa frase resume a fala de Jesus sobre o modo de ser do discípulo. Se perdermos tudo para seguir o Redentor, sabemos que Deus não se esquecerá de nos dar forças necessárias para continuarmos a caminhada árdua neste mundo. Muitos nos verão como “caretas”, como “atrasados” e “quadrados” por seguirmos um galileu do século I, que dizia ser Deus, e que diziam ter ele ressuscitado. Seremos, muitas vezes, vistos como os últimos da fila, e, de fato, seremos postos sempre no último lugar em qualquer situação que nos encontrarmos.
Mas temos consciência de que não somos os últimos, os abandonados ou os prescindidos. Somos loucos de amor, prontos a dar a nossa vida pela edificação de um mundo, que muitas vezes nos odeia. Os cristãos surgiram para fazer a diferença, para mostrar ao mundo, com não poucos sacrifícios, que Deus ama o ser humano, apaixonadamente.
Somos os primeiros a gritar essa Boa-Nova para a humanidade. Éramos os últimos, agora, como já havia dito Jesus, devemos nos considerar os primeiros. Os primeiros a sair em missão. Não por vaidade ou por soberba, mas por humildade e esperança! Ser cristão é ter muita esperança!
Mt 19, 23-30 – O SEGUIMENTO DESAFIADOR!
Fr. José Luís Queimado
OTIMA ESPLICAÇAO GOSTO MUITO DESTAS MATERIAS.
ResponderExcluirSOU DA PASTORAL CARCERARIA E ME AJUDA MUITO ESTAS EXPLICAÇOES.
PARABENS DEUS QUE ABENÇOI ESTE PROGRAMA, E UM MEIO DE EVANGELISAR
ABRAÇO JURACY