10 de Dezembro –
Evangelho - Mt 11,16-19
Muitas pessoas ouvem as mensagens do Evangelho, mas não se sensibilizam com elas, não correspondem a elas, de modo que elas não provocam eco em suas vidas. O conhecimento da Palavra de Deus é muito importante, mas não é tão importante como a comunhão de idéias e valores que deve haver entre os homens e Deus. O conhecimento nos ajuda a realizar esta comunhão de modo que ele é um meio necessário para que possamos atingir o fim, mas o conhecimento não é a finalidade em si. Se ficamos apenas no conhecimento, não dançamos com as flautas nem batemos no peito com o canto fúnebre, não comungamos as idéias de Jesus. (CNBB)
A mensagem deste texto refere-se à indiferença, e a insensibilidade daqueles que nem se abalam diante da presença de Deus no mundo através dos seus representantes, ou seja,da Igreja. A indiferença é cruel e terrível. Como sabemos, o oposto do amor não é a raiva, mas sim a indiferença. Se a moça diz para o rapaz. Eu te odeio, você me incomoda, sua presença me irrita, é porque aquele rapaz mexe com ela. E com certeza, ela o ama e nem o percebeu ainda. Estamos repetindo uma coisa que já escrevemos aqui em uma outra oportunidade, ou reflexão, mas isso vale a pena. O que é importante, a gente deve repetir.
Por outro lado se aquela mesma moça não sentisse nada com a presença daquele “cara”, se nem o percebesse por perto, nem ligasse se ele olhasse ou beijasse outra garota, é porque ela não sente absolutamente nada por ele, ela não se interessa por ele, ela não o ama.
Em se tratando de FÉ, a coisa funciona mais ou menos assim. Se a pessoa nem presta atenção ao que o padre explica, se nem se interessa em conhecer o Evangelho, se vai à missa, o faz socialmente, se não responde nada quando lhe falamos sobre Jesus, isso se trata de indiferença, isso é o pior sintoma de falta de fé.
Porque aquela ou aquele que critica o padre, a Igreja, os catequistas, não é um ateu na acepção da palavra. Porque as cosas de Deus, mexem com ele, o deixa inquieto de tal forma que ele quer que isso seja melhor, e para tal ele ou ela parte para a critica.
Quando eu era pequeno, minhas irmãs me contavam uma estória assim. Um padre ia passando com umas pessoas da Igreja por perto de umas casas, e numa delas havia uma mulher cantando um música sacra, enquanto limpava a porta. “Bendito, louvado seja...”
Na casa pecada vizinha, outra mulher que estendia a roupa no varal, xingava tudo e todos de vários nomes feios. “ Canalhas! Desgraçados!...” O padre parou, observou com um ligeiro sorriso nos lábios, e disse para seus acompanhantes: sabem qual a mulher mais católica? Todos respondera a um a só voz: a que canta o hino da Igreja.
Errado, disse o vigário. É aquela que está xingando. Porque ela o faz da boca para fora. No fundo ela tem um coração bom e deseja o bem para as pessoas as quais ela critica no momento. Ao passo que a outra que finge ser uma pessoa de muita fé, na verdade é uma falsa. No seu íntimo só pensa em explorar as pessoas ao máximo, e nunca pratica nenhuma caridade.
Prezados irmãos. Vamos estudar bastante, viver retamente de forma orante e na presença de Deus, para merecermos a iluminação do Espírito Santo, e para que tenhamos as respostas certas na ponta da língua diante das críticas daqueles que nos agridem às vezes nem sempre para nos destruir ou nos aniquilar como catequistas. Mas para sacudir a sujeira do fundo do poço, com a intenção de limpá-lo. Quanto aos indiferentes, só nos resta rezar muito por eles. Pela sua conversão.
Sal.
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