1ª Semana do Advento
Santos do Dia: Agrícola da Panônia (mártir), Ambico, Vitório e Júlio (mártires da Nicomédia), Audêncio de Toledo (bispo), Birino de Dorchester (bispo), Galgano Guidotti (eremita), Carpo de Sora (bispo), Cassiano de Tanger (mártir), Cláudio, Crispim, Magina, João e Estêvão (mártires da África), Cláudio, Hilária, Jasão, Mauro e sessenta e dois soldados (mártires de Roma), Henrique da Suécia (monge), Lúcio (rei da Bretanha), Lúcio de Coira (bispo), Mirócledes de Milão (bispo), Sofonias (profeta bíblico do Antigo Testamento).
Primeira leitura: Isaías 29, 17-24
Naquele dia, os olhos dos cegos verão.
Salmo responsorial: Sl 26 (27), 1. 4. 13-14 (R/. 1a)
O Senhor é minha luz e salvação.
Evangelho: Mateus 9, 27-31
Dois cegos, crendo em Jesus, são curados.
A cegueira destes homens é uma situação que os impede de abrir os olhos diante daqueles que os mantêm excluídos da sociedade por sua suposta situação de impureza. Impede-os de agir, de enfrentar o sistema opressor. Jesus cura dois cegos que crêem nele. Eles confiam no poder libertador de Jesus para curá-los e provam que possuem uma fé autêntica.
Chamaram-no de “Filho de Davi”, titulo messiânico que designava o libertador nacional de Israel. Jesus aceita essa demonstração, porém abre-lhes os olhos para que vejam que ele é radicalmente diferente do que imaginavam. Jesus os liberta, mas os torna conscientes de sua situação. Os cegos recuperam a visão e superam a perspectiva de uma libertação puramente nacionalista.
Recuperar a vista é fazer-se sujeitos sociais dignos, com os mesmos direitos de vida e de reconhecimento. Eles não podem conter-se e saem anunciando a obra de Jesus como pessoas reconhecidas e com a dignidade restituída por ele.
Olhemos para nós hoje: quais são as situações de cegueira que não permitem ao ser humano viver com dignidade? Em quem colocamos nossa confiança para sair das ditas situações? Como estamos ajudando aos que ainda não recuperam a visão, sua vida e seu reconhecimento como pessoas dignas?
A festa de São Francisco Xavier, lendário símbolo das missões católicas, pode fazer com que meditemos as mudanças notáveis que ocorrem não apenas no mundo – como sempre ocorreu – mas também no catolicismo – o que não ocorreu durante séculos. Somente nos últimos 50 anos que o catolicismo (ao mesmo ritmo de igrejas protestantes) assumiu mudanças profundas, confrontando-se e assumindo novos paradigmas, novas maneiras de se ver e de se pensar.
O Concílio Vaticano II assumiu o paradigma da modernidade, cujo encontro e reconciliação com a Igreja Católica estava pendente há séculos. Mas ao paradigma da modernidade, vários outros foram se sucedendo nas ultimas décadas. Fruto de tudo isso é a quase completa reformulação dos elementos do cristianismo.
Grandes significações ligadas a grandes figuras do passado ficam freqüentemente deslocadas, necessitadas de uma forte “releitura”. É o caso de Xavier, o grande missionário do Oriente. Convencido do valor do sacrifício para conseguir livrar do inferno tantos homens e mulheres que morriam fora da Igreja, destinados a uma condenação certa. A missão continua tendo sentido, e muito, porém totalmente diferente daquele de outrora.
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Missionários Claretianos
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