A opção pelo seguimento
Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
Neste Evangelho, Jesus nos chama a atenção para as dificuldades que vai encontrar, todo aquele ou aquela que decide segui-lo. Ele abre o jogo, para que não comecemos e depois desistamos. É preferível não começar, porque vai ficar ridículo para nós, vamos dar uma de imprudentes, e inconstantes, gente que não calcula tudo, antes de começar uma coisa.
A torre equivale hoje a um prédio de vários andares. Nós sabemos que a construção de um prédio não é barata, e parar no meio representa um grande prejuízo para o proprietário. A guerra, pior ainda, porque envolve perdas humanas, além da financeira e outras perdas.
Um obstáculo muito comum que afasta o cristão do engajamento na Igreja é a oposição de alguém da família. Por isso Jesus alerta: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, não pode ser meu discípulo”.
Há situações em que o cristão, movido pela fé e pela confiança em Deus, arrisca a própria vida. Foi o caso dos mártires.
Nós precisamos ser realistas. Para quem decide seguir a Jesus com mais empenho, a cruz é inevitável. É bom saber disso antes e contar com isso, porque a desistência no meio do caminho vira um contra testemunho pior do que não começar.
Quanta gente começa as coisas e não termina! Um curso, uma faculdade, o trabalho em uma pastoral, o próprio casamento... Por outro lado, quantas pessoas começam e perseveram!
"Meu filho, come este rolo" (Ez 3,3) disse Deus ao Profeta Ezequiel. Era o livro da Palavra de Deus. O profeta comeu e depois comentou: Na boca, era doce como o mel, mas, quando chegou ao meu estômago, tornou-se amargo como o fel. Boa figura da vida cristã.
Certa vez, em um sítio, duas rãs caíram dentro de uma lata de leite. Elas tentaram subir pelas laterais da lata, mas eram lisas e as pobrezinhas escorregavam.
Tinham então de ficar nadando o tempo todo, senão afundavam e morriam afogadas.
Uma delas, depois de um bom tempo, desanimou, soltou o seu corpinho, foi para o fundo e morreu.
A outra continuou se debatendo. Depois de algumas horas, a surpresa: de tanto ela se debater, o leite virou manteiga. Assim ela pôde descansar um pouco em cima da manteiga. Em seguida ela um grande salto e saiu da lata.
Não vamos desanimar nas horas de dificuldade! Pelo contrário, vamos explorar as possibilidades que temos, e usá-las.
A vida de Maria Santíssima foi uma constante ascensão para Deus. Até que, um dia, Deus a levou para o Céu em corpo e alma. Com ela não aconteceu essa história de começar e desistir no meio do caminho. “Ó Mãe da perseverança, teus volve a nós!”
Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
Padre Queiroz
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