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1 de nov. de 2010

Vitorioso sobre a morte, Jesus nos liberta de tudo aquilo que nos oprimi e nos dá uma vida digna em abundância – Maria Regina.




No evangelho de hoje, queridos irmãos e irmãs, Jesus ressuscita o seu amigo Lázaro. De fato esta ação de Jesus é para mostrar que ele, quer libertar de tudo aquilo que nos oprimi. Esta vitória sobre a morte mostra um grande sinal do amor, que Jesus foi capaz de dar a vida a este homem.

Este evangelho está ligado com o capítulo anterior de João, por que Lázaro é aquela ovelha que foi capaz de escutar a voz do seu pastor e caminhar para a liberdade.
E Jesus é aquele pastor que conduz todas as suas ovelhas para um lugar seguro, fora de qualquer sistema que gera a morte, libertando também da própria morte.

Este acontecimento da ressurreição de Lázaro mostra-nos uma grande sintonia entre Jesus e a comunidade que aqui é representada por Lázaro, Marta e Maria. Podemos notar o que caracteriza a comunidade é a fraternidade, e com isso irá aparecer muitas vezes à palavra irmão e irmã.

E Jesus ama profundamente esta comunidade e esse amor é capaz de gerar a vida, após tanto tempo de morte.
A ressurreição de Lázaro, que aparece como o sinal mais visível do poder de Jesus sobre a questão da vida e morte. Não podemos pensar com Marta, que via a morte como um desfecho fatal, Marta acreditava na ressurreição no último dia, mas não era capaz de ver a ressurreição que é o próprio Jesus aqui e agora.

O mestre Jesus não é vida somente depois da morte, mas é vida em abundância para esta vida também.
O amigo Lázaro voltou á vida pela ação de Jesus, esta ação quer que todos se comprometam com este novo estilo de ver a morte sempre com uma esperança de vida. A ação libertadora que Jesus nos ensinou implica na nossa prática cristã.
O mestre Jesus quer que todos tenham vida digna em abundância.

Onde está, ó morte, a tua vitória? onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. (1 Coríntios 15.55- 57) Estas foram as perguntas de Paulo ante a realidade da morte. Ele chegou a esta conclusão porque viu a que a morte tinha sido morta de uma vez por todas naquela de Cristo. Assim, morte já não mata mais. Ela perdeu seu aguilhão fatal.

Embora a morte permaneça para o homem um mistério profundo. Mistério cercado de respeito também pelos que não crêem em Deus. Quero dizer-te que Cristo no combate que travou contra ela saiu vitorioso. E com São Paulo podemos zombar dela dizendo: ó morte onde está a tua vitória?

Ser cristão muda alguma coisa no modo de considerar e enfrentar a morte? Qual a atitude do cristão diante da pergunta sobre o sentido último da existência humana, que a morte nos põe continuamente? A resposta se encontra na profundeza da nossa fé. Para o cristão, a morte não é o resultado de uma luta trágica que se deva afrontar com frieza e cinismo. A morte do cristão segue as pegadas da morte de Cristo: um cálice amargo, porque fruto do pecado, a beber até o fim, porque é a vontade do Pai, que nos espera de braços abertos do outro lado do limiar; morte que é uma vitória com aparência de derrota; morte que é essencialmente não-morte: vida, gloria, ressurreição. Como se dará tudo isso precisamente não podemos saber; não cabe ao homem medir a imensidade do dom e das promessas de Deus.

A morte do cristão não é um momento no fim do seu caminho terreno, um ponto isolado do resto da vida, a vida terrena é preparação para a do céu, nela estamos como criancinhas no seio materno: nossa vida terrena é um período de formação, de luta, de primeiras opções. Ao morrer, o homem se encontrará diante de tudo o que constituiu o objeto das suas aspirações mais profundas. Encontrar-se-á diante de Cristo e será a opção definitiva, construída por todas as opções parciais desta terra. Para nós cristãos a morte não é o fim de uma vida. Mas o início de uma melhor e eterna.Vigilância não é a alienação. Não podemos repedir os erros cometidos. Não devemos nos afastar da realidade, viver a sobriedade . Não devemos afastar da vida, porem devemos agir com relevância onde vivemos. Não podemos viver apegados as coisas dessa vida.

Jesus nos orienta acerca da moderação quanto as necessidades temporais. Pois a ansiedade provocada pela preocupação com as necessidades básicas pode nos alienar e separar do Reino de Deus. Para todo cristão verdadeiro, a morte não é motivo de tristeza, de angústia. Mas sim, para ele significa o recebimento da natureza de Cristo, de maneira real e vital.O projeto de Deus em Cristo é ainda mais extraordinário, quando imaginamos que a nenhum dos anjos Ele chamou de “filho”, nem ao mais glorioso entre eles. Mas a nós, menores do que eles em dignidade e poder, anteriormente escravizados pelo pecado e destinados à morte, sim, a nós miseráveis homens, pelo glorioso sacrifício de Cristo, nos tem prometido essas coisas maravilhosas. Que gloriosa promessa! Os filhos de Deus, transformados, na imagem de Cristo, serão elevados muito acima de todos os outros seres angelicais, pela imensa graça de Deus e seu poder.

Daquele dia e hora, ninguém sabe é um segredo exclusivo de Deus Pai, como disse Jesus aos seus discípulos: Fiquem preparados para tudo: estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinas acesas. Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Mas, a partir das palavras do Mestre, de uma coisa temos certeza: quem estiver pronto irá com Ele, quem não estiver será deixado. O Senhor Jesus nos ensinou: não vos compete saber a ocasião ou o dia que o Pai marcou pela sua própria autoridade. As palavras de Jesus dão-nos a certeza de que nem mesmo a morte é capaz de romper os laços que nos unem e a certeza da Ressurreição de Cristo. Ele nos dá a garantia de uma vida eterna e feliz.Para que isto seja uma constante na nossa vida precisamos retomar o tema da vigilância. E se este é o nosso chamado diário devemos estar firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é vão.

Portanto, celebrar o dia dos fiéis defuntos não é celebrar o dia de luto, de tristeza, de angústia, de dor, de morte. Mas sim pensamos nos nossos entes queridos com saudades do que foram, são para nós e convertemos este numa festa de uma esperança jubilosa na ressurreição em Jesus

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

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