O Evangelho de hoje nos narra a escolha que Jesus fez dos doze apóstolos a quem Ele entregaria a Sua Igreja. Não era uma tarefa fácil, visto que Ele teria que escolher dentre muitos, aqueles que seriam os continuadores da Sua obra aqui na terra. Por isso, Ele subiu à montanha para, em oração junto ao Pai, fazer o discernimento. Este quadro, apresentado por São Lucas, serve para nós como modelo a ser seguido em todos os momentos nos quais temos que fazer escolhas e tomar decisões. O momento em que estamos vivendo atualmente é de escolha e decisão! Deus criou o mundo, e o entregou a nós, homens e mulheres para nele trabalhar e completar a obra que Ele iniciou desenvolvendo os projetos que esquematizou para nos garantir desfrutar de todas as dádivas que nos estão reservadas.
A cada um de nós cabe alguma função, de acordo com a capacidade que o próprio Deus nos concedeu. Há, porém, aqueles que precisam estar à frente do comando a fim de fazer valer tudo o que Deus reservou para nós. A escolha de quem irá assumir o governo da nação é um processo que compete a todos nós. Assim como Jesus, cada um de nós precisa escolher a quem deverá tocar a tarefa de estar à frente e ser fundamental no exercício das funções que visam o bem estar de TODOS. Por isso, também para nós não é uma tarefa fácil. O que devemos então fazer? Jesus não saiu ouvindo nem querendo saber a opinião de um ou de outro; Jesus não deu ouvidos à fofocas nem insinuações dos discípulos que tinham interesse em ser os primeiros, ou sentar à Sua direita ou à Sua esquerda no reino. Jesus foi diretamente saber a opinião do Pai. Hoje, diante de todos os falatórios, de todas as manifestações, de todas as notícias fantasiosas, de todos os "disse, me disse" que correm soltos, nós também precisamos conversar com o Pai. Imitando a Jesus nós precisamos, primeiramente, subir à montanha para orar e, diante do Pai, em Nome de Jesus expor as nossas inquietações deixando que o nosso coração e a nossa consciência estejam atentos à Sua resposta.
Depois, nós devemos sondar o nosso coração para saber se aquilo que nós conseguimos apreender e compreender traz para nós a paz interior. A paz é o sinal que Deus nos dá quando precisamos fazer escolhas na nossa vida. Quando desceu da montanha Jesus estava seguro de que os Seus escolhidos eram aqueles a quem o Pai havia destinado para pôr em prática o Seu Projeto salvífico, mesmo que dentre eles houvesse um traidor, um covarde e muitos com o interesse de ser os maiores. No Plano de Deus até Judas teve o seu papel específico. Por isso, não precisamos nos apavorar, pois mesmo que escolhamos algum traidor ou traidora, alguém que é covarde ou interesseiro, nós fizemos o que precisava ser feito: subimos ao monte para orar e fazer o discernimento com Aquele que tem o poder para dar autoridade aos que nós escolhermos.
Façamos a escolha diante de Deus e deixemos que o nosso coração sinta a paz do dever cumprido. Porém, tenhamos como propósito não deixar que os nossos "achismos" atrapalhem o sentido da verdadeira paz. Façamos a nossa escolha pensando no bem comum porque a verdadeira paz é fruto da justiça e justo é que todos nós tenhamos vida e vida em abundância. Quando nós também subirmos à montanha para orar estejamos certos de que lá o Senhor nos dará a orientação segura para que possamos descer e enfrentar a multidão e até os traidores com serenidade e segurança. Reflitamos – Você também costuma subir a montanha para rezar ao Pai antes de tomar suas decisões? – Você confia em que o Senhor sempre dá o direcionamento seguro mesmo que haja algum contratempo em algum momento? – Como você tem feito isto?
Amém
Abraço carinhoso
Maria Regina
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