Quinta - feira, 27 de Outubro de 2011.
Evangelho – Lc 13, 31-35
Começaremos a reflexão do Evangelho indagando: por que querem matar Jesus? Qual a atitude de Jesus que provoca furor no homem que comanda a região da Galiléia? Será que a proposta de libertação de Jesus pode tirar a tranqüilidade dos comandantes de Jerusalém?
Ao responder as questões acima podemos chegar a uma conclusão. Jesus nasceu e cresceu no meio do homem pobre. Conheceu de perto a vida difícil. Participou ativamente das lutas para driblar a miséria. Motivou seus patriotas para acreditar na mudança de atitude. Mostrou caminhos e alternativas para efetivar vida digna e solidária. Apresentou a justiça. Isto mesmo, desvendou a justiça para uma sociedade em harmonia. Porém, não contentou em retirar das trevas e das cegueiras seus concidadãos, levou esta proposta para outros povos de outras regiões. Enfim, Jesus estava cumprindo seu papel de libertar o homem da maldade e tirá-lo do pecado.
Por querer fazer o bem e colocar diante dos olhos do homem todas as mazelas cometidas pelos detentores do poder religioso e político de Jerusalém, Jesus encontrou resistência. Suas palavras apontavam os erros contra seu povo. Suas mensagens clareavam os caminhos de pessoas que viviam sob ameaças. Por isso Jesus foi colocado em xeque. E o mensageiro foi logo comunicando: Vá embora daqui, porque Herodes quer matá-lo. Somente a morte pode calar o missionário. Assim, aquietará os ânimos dos revoltosos e a vida voltará ao normal. Mas Jesus foi muito esperto ao responder a mensagem do homem: Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: "Hoje e amanhã eu estou expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho." Fortemente com a decisão tomada Jesus seguiu em frente com seu projeto: expulsar os demônios da vida do povo, acabar com as raposas que na espreita consomem o suor do povo, livrar o homem humilde das garras poderosas dos intrusos que só pensam em enriquecer; curar as doenças do homem de Jerusalém que impedem a conheça o verdadeiro Deus, dar vivacidade para construir novo homem capaz de discernir para o bem com a graça do Pai.
Então o que provocava furor no homem poderoso de Jerusalém era o anúncio da justiça. E a justiça para o homem poderoso de Jerusalém confrontava com a proposta de Jesus. O deus dos homens de Jerusalém era diferente do Deus de Jesus. Logo, Jesus atrapalhava a famigerada espoliação dos dominantes. Contudo Jesus fecha o discurso de modo exemplar: "Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!"
Ainda no mês missionário podemos relatar que muitos missionários ainda sofrem perseguição por causa da proposta de vida para todos. Quantos missionários são calados forçadamente por pregar a verdade! Quantos missionários tombam diante da petulância dos poderosos que não querem ver seu projeto de exploração ameaçado! Quantos missionários anônimos que doaram suas vidas em prol de um Deus que revela a tenacidade da igualdade e fraternidade. Estes missionários abraçaram a causa do povo sem voz e sem vez e compreenderam o sentido da atitude missionária de Jesus.
O profeta não pode temer diante das ameaças. O profeta deve denunciar veementemente todas as formas de violência cometidas contra seu povo. Jamais acovardar-se diante dos impérios que devoram seus cidadãos por ganância e orgulho. A lição deixada por Jesus é simples: mostre a verdade para meu povo e faça enxergar as maldades travestidas em lobos em pele de carneiro, porque o Filho do Homem é o Nosso Deus Poderoso. Amém!
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Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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