BOM DIA

BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS, MAS RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES. CRISTÃS OU NÃO.

CATEQUESE PELA INTERNET

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PESQUISAR NESTE BLOG - DIGITE UMA FRASE DE QUALQUER EVANGELHO

30 de jul. de 2010

Agosto(2-segunda)2010 - Fenando

Agosto(2-segunda)2010 Comentário à 1ª Leitura

(18ªsemana T.Comum-2a7 agosto ( http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/ )

Jr 28,1-17 Ouve, Ananias, não foste enviado pelo Senhor, e fizeste este povo confiar em mentiras.

[Evangelho Todos comeram e ficaram satisfeitos.Mateus 14,13-21

O tema (recorrente) de hoje trata da mistura entre verdadeiros e falsos profetas. Podemos (com a edição da “Bíblia de Jerusalém”, introdução ao Profetismo) resumir o perfil do verdadeiro profeta: - quem tem uma experiência imediata de Deus; - d’Ele recebeu a revelação da santidade divina e mensagens que deve anunciar; - forma um juízo sobre o presente de sua sociedade e olha seu futuro à luz de Deus; - foi enviado por Deus para lembrar as exigências da fé e, assim, ajuda seus contemporâneos a reencontrar os caminhos do amor.

Havia profetas junto aos santuários e palácios reais que eram funcionários. Institucionais oficiais, por assim dizer. Às vezes os que encontramos nos livros proféticos da bíblia também faziam parte da organização dos santuários e, por isso defendem a pureza do culto e, apresentam nos seus oráculos, forte influência da liturgia e do culto. Contudo, encontramos também (em Jeremias, Miquéias, Ezequiel – dentre os mais importantes casos) o confronto com “falsos profetas”.

Esse é um problema muito atual (para nós, hoje, como já se comentou na reflexão de sexta-feira passada) já que se multiplicam as ofertas de cultos e religiões nas cidades e nos meios de comunicação social, sem falar da presença de uma enorme variedade de discursos e grupos no interior de cada confissão e das igrejas e comunidades. Como distinguir se as mensagens vêm de Deus?. Claro está que fazemos aqui apenas uma comparação ou analogia, pois não existe mais o “profetismo” como ocorreu em Israel (suas mensagens estão “cristalizadas” em livros da Escritura.

Nos tempos bíblicos, o discernimento entre o falso e o verdadeiro profeta era feita a partir de dois critérios. O primeiro era a realização (posterior) de uma profecia (pronunciada antes) quando o oráculo (nem todos, necessariamente) se referia a eventos futuros. O segundo, e mais importante critério era a coerência do ensinamento profético com a doutrina fundamental de Israel (a lei mosaica, a aliança com Jahwé, tudo o que, enfim, se fazia para, naquela religião, viver no fiel cumprimento dos Mandamentos.

O texto de hoje apresenta uma espécie de acareação entre Jeremias e o profeta falso, Ananias. Ao lermos esse debate não vamos sair pensando que é verdadeiro profeta o que só fala em desgraça, fome, guerra, castigos, ao passo que o falso é o que só tem palavras de “paz e amor”. Na linguagem bíblica os oráculos referentes a calamidades e sofrimentos remetem à sua grande tradição religiosa na qual se entendia ser a grande e última causa de todos os males o pecado. E o pecado nasce com o livre arbítrio humano. O pecado é tudo que faz crescer a mentira, a injustiça, a idolatria, e, enfim, todos os males morais, sociais e até, os desastres naturais. Para vencer o pecado a pregação profética pede conversão, isto é, mudança de vida para o Homem decidir-se pela justiça e pelo direito, pelo respeito e ajuda ao mais necessitado andando, assim, pelos caminhos da verdade e do amor.

Nós conhecemos o provérbio: “quando há esmola demais o santo desconfia”. Cabe a nós refletir – ou mesmo, desconfiar – quando ouvimos tanta promessa de milagres, de curas e até de soluções técnicas, econômicas e financeiras para os problemas. O Deus de Jeremias (aliás, em qualquer religião sincera) não é um ser manipulável que serve de “quebra-galho” para nos tirar das dificuldades. A fé não substitui a luta da vida.Talvez 99% dos habitantes da Terra, levam uma vida dura como Jesus de Nazaré viveu a sua, durante cerca de 30 anos numa aldeiazinha perdida da Palestina. Como disse Paulo, o Filho de Deus em tudo – exceto no pecado – tornou-se igual a nós. E lutou sob tentações e provas (no deserto, nas estradas, nas cidades). Chegou a ser preso e assassinado, apesar de se o mais inocente de todos os homens.

Para completar a reflexão sobre a primeira leitura lembramos que o evangelho do dia. No relato desse milagre de chegar a alimentar a multidão começando com muito pouca comida, o Mestre lembra aos seus apóstolos: Eles não têm que ir embora : daí-lhes vós mesmos de comer. É que a responsabilidade por aqueles que confiam em nós, é nossa. A bênção é divina mas nem milagre acontece sem nos movermos, trabalhando para reunir e distribuir a partir do que dispomos em cada momento.

( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )

Nenhum comentário:

Postar um comentário