Sábado, 31 de julho de 2010
17ª Semana do Tempo Comum
Santos do Dia: Santo Inácio de Loyola, Presbítero (Memória); Calimério de Milão (bispo, mártir), Demócrito, Segundo e Dionísio (mártires), Fábio da Mauritânia (mártir), Firmo de Tagaste (bispo), Germano de Ravena (monge), Germano de Auxérre (bispo), Helena de Skövde (viúva, mártir), Justino de Jacobis (bispo), Neot de Cornwall (eremita).
Primeira leitura: Jeremias 26, 11-16.24
Na verdade o Senhor enviou-me a vós para falar tudo isso a vossos ouvidos.
Salmo responsorial: 68, 15-16.30-31.33-34
No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!
Evangelho: Mateus 14, 1-12
Herodes mandou cortar a cabeça de João. Vieram os discípulos e foram contar tudo a Jesus.
O Herodes mencionado nesta passagem é Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande. Tinha o titulo de tetrarca da Galiléia e Perea, onde exercia seu governo com estrito controle de Roma. João Batista estava abertamente contra a atuação de Herodes. Era tal a irritação que a pregação do Batista causava que não tardou em prendê-lo.
É que João denunciava a relação que mantinha com Herodíades, esposa de seu irmão Felipe, com o intuito de dominar todo o território. João criticava o adultério e a desmedida ambição de Herodes. O evangelista Mateus, ao narrar o relato, tem a função de anunciar o destino trágico que aguardava Jesus, destacando a íntima relação que existe entre o Messias e seu precursor.
A morte de João prefigura a de Jesus. João aparece como o profeta assassinado pelos poderosos de seu povo e sua morte manifesta a atitude hostil de Israel para com Jesus. Esta vinculação entre o destino de João e o de Jesus é mais clara no evangelho de Mateus, que conclui o episódio com uma nova referência a Jesus, a quem os discípulos de João anunciam a morte deste.
O poder da sedução de uma garota conduziu o embriagado rei a ditar uma condenação de morte por muito tempo reprimida. Mas não passou muito tempo antes que Herodes Antipas começasse a temer ante a voz potente de Jesus de Nazaré. Este recolheu a insígnia do Batista e começou a remover os cimentos do poder que estavam assentados sobre Israel.
Este relato nos descreve com clareza que a missão do discípulo é manter uma atitude crítica frente à sociedade e às formas de vida que atentam contra os valores do evangelho. Os discípulos, continuadores da missão de Jesus, terão que seguir denunciando as injustiças. O anúncio da boa nova é incômodo para aqueles que buscam sua própria conveniência e querem viver instalados em sua própria segurança.
Missionários Claretianos
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