21 DE AGOSTO
Evangelho - Mt 23,1-12
Eles falam mas não praticam.
Os mestres da Lei e os fariseus conheciam como ninguém a Lei de Moisés. E apesar de saber interpretá-la e explicá-la para o povo, eles mesmos não a praticavam. Por isso Jesus recomendou aos discípulos que ouvissem as suas explicações, porém não os imitassem. Por que os mestres da Lei e os fariseus, exigiam dos outros o cumprimento da Lei. Porém eles mesmos não faziam nada para observá-la.
Nós, catequistas, padres, coordenadores de comunidades e pastorais, não devemos ser como os fariseus e mestres da Lei, mas sim como Jesus. Precisamos imitar o Mestre, vivendo o que mostramos aos outros que cremos, assim como o que ensinamos. Porque todos estão de olho em nós para ver se praticamos o que falamos e ensinamos. É até possível que sejamos testados. Alguém pode ser enviado a nós com alguma proposta do tipo bem tentadora, só para ver se caímos no laço.
De nada adianta alguém conhecer os ensinamentos de Cristo tão bem ao ponto de interpretá-los e de explicá-los tanto oral como escrito, e viver uma vida que não condiz com aquilo que prega, aquilo que ensina.
Prezados irmãos. Que Deus na pessoa de Jesus Cristo, nos ajude a viver a palavra a qual ensinamos. Nós precisamos estudar a palavra de Deus, mas também precisamos vivê-la para que possamos merecer a iluminação do Espírito de Deus, senão não conseguiremos fazer nada em termos de evangelização.
Palavras sem exemplos são como tiros sem balas. Diz o ditado popular. Se eu falo e não pratico, o meu trabalho missionário e nada é a mesma coisa. Porque até uma criança percebe que estamos sendo mentiroso, ou o pior, estamos vivendo uma mentira, quando nos fazemos passar por uma coisa a qual não somos. Santos, ou cristãos autênticos.
Rezemos e peçamos a Jesus que nos ajude a viver tudo aquilo que ensinamos no nosso trabalho missionário. Amém.
Sal
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QUEM SE EXALTAR SERÁ HUMILHADO
“Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado. “
É mais ou menos como “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros”.
Jesus está nos recomendando para que não queiramos parecer os melhores, os mais importantes, pois quando aparecer alguém realmente importante, ficaremos envergonhados. E aqueles que se comportam com humildade, podem ser convidados a fazer parte do grupo das pessoas importantes. Isso é coisa comum que pode ocorrer na nossa vida, no nosso dia a dia. Jesus, que foi o maior psicólogo da face da Terra, pois conhecia como ninguém o funcionamento da mente das pessoas, nos orienta e nos alerta para que não passemos por situações desagradáveis.
E aqui vamos fazer um lembrete importante para todo aquele que pretende explicar a palavra de Deus, através de homilias e reflexões. Seria indispensável, conhecer psicologia para entender a natureza humana como as pessoas agem e reagem. Assim, estaremos imitando um pouco aquele que fez os melhores sermões. Jesus Cristo.
Se exaltar é também querer ser melhor que os demais, agindo com arrogância, e intolerância às deficiências físicas, sociais e mentais. Deficientes físicos são todos aqueles que tiveram sua locomoção prejudicada por algum problema no seu corpo principalmente nos ossos; Deficientes sociais, são todos os que não possuem recursos o suficiente para ter uma sobrevivência decente, são os pobres; Por deficientes mentais entendemos aqueles que nasceram com Q.I. (Quociente de Inteligência) abaixo de 80, e que nem sempre respeitamos, e, pelo contrário, são motivos de chacotas e de piadas.
Essas pessoas tentam sobreviver como todo mundo e logo chegam a conclusão que não conseguem resolver os problemas não só de matemática, mais também os demais problemas que a sobrevivência se nos apresenta.
Já no tempo de escola a sua família fica triste ao perceber que aquela criança não consegue entender as lições com os demais alunos. Porém, a referida criança nesta faixa etária, ainda não tomou consciência da sua deficiência, e brinca quase que normalmente.
Já na adolescência, começa o seu sofrimento ao ser discriminado(a) pelos colegas, ao ser criticado, ao ser chamado constantemente de “burro”. Isso o faz sofrer muito, e não quer mais ir para a escola.
À medida que vai crescendo, seu complexo de inferioridade vai aumentando, e sua autoconfiança sempre diminuindo. Se arruma algum emprego não consegue manter-se no mesmo. Pois comete erros fatais que acarretam prejuízo na firma ou na empresa.
Aí veio a fase adulta. Solidão, desemprego, falta de dinheiro para comprar as coisas que todo mundo compra, revolta contra Deus por tanto fracasso, por ter nascido daquele jeito, deficiente mental, e muita agressividade com todos.
Está aí porque você nunca vê o mendigo rezando. Ele fica na porta da igreja por muito tempo. Quando encerra seu ”expediente”, ele vai embora, digo, muda de lugar, sem sequer entrar no templo para falar com Deus. Isto porque aquela criatura está magoada, revoltada com o Criador, como um filho fica de mal com seu pai que não o deixou ir ao baile, ou que não lhe deu a maior parte da herança, sei lá o que mais...
Que podemos fazer por essas pessoas? Provavelmente existe um deles em nossa própria família. São pessoas dignas de dó, e que deixam os pais muito infelizes, ao saber que quando morrerem vão deixá-lo nesta vida sem ninguém para tomar conta. Neste caso fica difícil “não se preocupar com o dia de amanhã”. Os pais ás vezes sofrem mais que o referido filho(a) portador deste tipo de deficiência.
Por vezes morremos de dó, já outras vezes ficamos irados por causa da agressividade desse tipo de pessoas que colocam a culpa dos seus fracassos sempre nos outros e em Deus. Os pais dão todas as coisas que precisa para sobreviver, e horas depois aquela pessoa está agredindo os pais pelos motivos mais banais, como por exemplo, jogando na cara dos pais alguma coisa que eles disseram para o seu próprio bem. Às vezes os pais acabam também desanimando, e só o que lhes resta a fazer como ajuda ao filho(a) deficiente mental é rezar. Rezar muito. Muito mesmo!
Sal.
CONCLUSÃO
Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço. (CNBB)
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