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26 de jul. de 2010

Julho (dia 26-segunda) 2010 - Fernando

Julho (dia 26-segunda) 2010 Comentário à 1ªLEITURA

(17ªsemana T.Comum-26a31 julho ( http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/ )

Eclesiástico 44,1.10-15 Seus nomes duram através das gerações.

[Evangelho Muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram. Mateus 13,16-17]

Leitura extraída do livro: “Eclesiástico” (ou “Sirácida” porque seu autor se apresenta como filho de Sirac). Pelo primeiro nome o livro é “da Igreja’ porque as comunidades eclesiais, desde as primeiras, sempre usaram este livro. Mesmo assim, até em listas de livros sagrados no cristianismo primitivo havia dúvidas se deveria ser inspirado, isto é, se faria parte do “cânon” oficial das Escrituras. Os judeus, embora o usassem por vezes no culto e nos seus estudos, não o incluíram no cânon da bíblia hebraica. Por essa razão é um livro chamado, nas igrejas de tradição católica e ortodoxa, de “deuterocanônico” (considerados canônicos após os outros, em segundo lugar) Pelas igrejas de tradição protestante não é aceito como participando da bíblia pois elas adotaram a lista ou o cânon da bíblia judaica seguindo a orientação de Lutero. As igrejas protestantes ou as chamadas evangélicas, designam esses livros pelo nome de “apócrifos” (junto com outros, como Sabedoria, Judite, Tobias, partes de Daniel, etc.). Apócrifo significa “de autoria falsa” ou “oculta”, e, no contexto, por não terem admitida sua autenticidade, isto é, sua inspiração divina. Como os demais constam da tradução grega do antigo Testamento (conhecida como bíblia “Septuaginta” ou “dos Setenta” (também conhecida como a bíblia grega, isto é, em sua tradução grega, não escrita em hebraico). Os deuterocanônicos têm (ao menos em partes) versão hebraica também. No caso do Eclesiástico arqueólogos, por volta dos anos 1896-1900 descobriram uma versão hebraica correspondente a cerca de 2/3 do Eclesiástico. Não se sabe, porém, se é a versão original ou pelo menos mais antiga que o texto em grego.

À parte as questões de exegese e de estudos bíblicos, sabemos que foi escrito por volta do ano 180 a.C. por judeu(s) pertencente(s) à comunidade que vivia em Alexandria no Egito. Pelos estilos usados é classificado entre os livros da “literatura sapiencial” do A.Testamento (corresponde aos “Escritos” – na tríplice divisão hebraica cuja primeira parte é “A Lei” (Pentateuco) e a segunda “Os Profetas”. Os livros sapienciais trazem inúmeras reflexões de sábios (donde o nome “sapienciais”) e “lições de vida” como aquelas contidas em provérbios e máximas – de origem mais erudita ou simples herança da “sabedoria popular”; neles encontramos muitas estórias além de relatos da história de Israel e coletâneas de “pensamentos” como no famoso livro de Job (o inocente ou justo, sofredor).

Essas obras menifestam uma literatura de autores que tiveram contacto com a cultura do mundo grego mas também com a Sabedoria de outros povos vizinhos do povo eleito. O Eclesiástico não têm, como outros sapienciais, um tema central mas trata de vários assuntos e, nesse sentido, assemelha-se mais a trechos do livro dos Provérbios. Em todo o caso, como ocorre em outros livros, considera o cumprimento da Lei de Moisés a grande sabedoria da vida, usando em geral argumentos da razão, sem deixar de crer no Deus criador, todo-poderoso e que está presente na vida humana.

O versos do cap.44 da leitura de hoje, estão no contexto do elogio dos antepassados e dos heróis da história de Israel (uma espécie de resumo da história de Israel desde esse cap.44 até o último capítulo ( o 50, após o qual se encontra um apêndice como conclusão do livro). Hoje é dia de S.Joaquim e Santa Ana, que tradições apontaram como pais de Maria, mãe de Jesus. Daí a escolha desse texto de elogio dos ancestrais na comemoração de hoje (no calendário litúrgico no Brasil pulamos hoje as leituras da segunda-feira da 17ªsemana do tempo comum).

Essa reflexão de hoje do Sirácida lembra uma opinião que certamente já ouvimos entre pessoas de nosso tempo e cultura: os bons marcam por sua memória as gerações seguintes, seus filhos e netos. Para alguns comentadores, no entanto, no verso 10 estaria presente ao menos um desejo (ou a esperança) de uma certa imortalidade para a vida humana. Contudo, nesse século (II a.C.) ainda estamos distantes das doutrinas que aparecem mais tarde sobre a ressurreição que, afinal, firmou-se com milagres e palavras de Jesus e se consolida com a difusão dos evangelhos pelos apóstolos e discípulos nas comunidades das primeiras gerações cristãs do séc.I de nossa era.

( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )

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