Julho (dia 30-sexta) 2010 memória : Marta, discípula Comentário à
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1ªLEITURA
(17ªsemana T.Comum-26a31 julho ( http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/ )
Jeremias 26,1-9 todo o povo juntou-se contra Jeremias na casa do Senhor.
[Evangelho Não é ele o filho do carpinteiro? Então, de onde lhe vem tudo isso?Mateus 13,54-58
O Senhor manda seu profeta mostrar aos sacerdotes, aos magistrados, aos profetas “profissionais” (que viviam normalmente como funcionários pagos para dizer o que agradava mas não a verdade) que o templo e o culto não estão isentos de decadência. De novo os oráculos do profeta pedem a conversão, a mudança de vida perversa em justiça e respeito ao próximo. Esse início do cap. 26 é um resumo do discurso mais detalhado que se encontra em 7,1-15.
Por dizer essas verdades todos querem a morte de Jeremias. De novo nos é lembrado que lugares de culto, templos e santuários, liturgias e atos religiosos, tudo isso de nada vale sem o comportamento coerente com os mandamentos e a aliança de Deus e com Deus. A idolatria (adoração de deuses inventados pelo Homem) vem sempre acompanhada da injustiça para com os mais fracos da sociedade e de toda sorte de violências ao direito (ver detalhamento em 7. 5-10). Quando nos convenceremos de que a religião de nada vale sem a fé verdadeira?
É o que nos ensina o evangelho de hoje: Jesus, desprezado em sua própria terra natal é o novo Jeremias. O grande escândalo agora é que aquele homem conhecido na sua vila de Nazaré (família e parentes bem conhecidos) falar e age de tal modo que todos se sentem atingidos (o texto diz que eles estavam admirados com a personalidade singular daquele pobre carpinteiro). Mas eles percebiam no fundo que faltava dar o passo da fé. Era mais cômodo continuar esperando manifestações extraordinárias de Deus para aceitar aquele profeta e reconhecer no que ele falava e propunha a voz e a proposta do próprio Deus.
Ali também, ao tempo de Jesus, assim como no tempo de Jeremias, acontecia talvez o mesmo que acontece em nossos dias. Hoje apesar de ser até comum ouvirmos falar de ateísmo, na verdade o que não falta são cultos, liturgias, concentrações de massa, espetáculos promovidos por muitos grupos, muitas crenças e muitas religiões. Embora nossas sociedades se movam num contexto bem diverso das teocracias da antiguidade, temos a Religião ampliada e multiplicada pelos muitos recursos, como os da televisão e de outros meios de comunicação de massa (mídia).
Haverá fé no meio de tanta religião? Por onde andam a justiça e o direito? Não nos consideramos nem povos “primitivos” nem “obscurantistas” mas chegamos a superar as idolatrias? Existe autenticidade no culto quando freqüentamos nossos templos e santuários modernos?
( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )
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