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18 de jul. de 2010

Comentário à 1a. leitura do Prof.Fernando

Comentários à PRIMEIRA LEITURA (16ªsemana 19 a 24 julho – ) LITURGIA DIÁRIA (por fsm)

Quinta - 22 de julho - 16ª semana do Tempo Comum

Comentário à 1ª Leitura - Cântico dos Cânticos 3,1-4ª

Encontrei o amor de minha vida.

[Evangelho Mulher, por que choras? A quem procuras?João 20,1-2.11-18]

Até ser aceito como fazendo parte das Escrituras sagradas o livro “Cântico dos cânticos” era questão controversa entre os próprios judeus. Só por volta do ano 90 da nossa era entrou para o “Cânon” da bíblia hebraica, isto é, para o conjunto dos livros considerados pelos judeus como Escrituras sagradas. A conciliação do longo debate veio da interpretação alegórica desse conjunto de poemas de amor: como esposo e esposa, assim o Senhor e seu povo. De modo semelhante, afinal, já se usara o tema do casamento no profetismo, sobretudo em Oseias. No cristianismo, os primeiros escritores, bispos ou teólogos, seguindo a mesma linha, aceitam essa interpretação alegórica adaptando-a à nova linguagem das núpcias místicas entre Cristo e a Igreja.

Alguns também julgam que o texto pode ser assumido sem alegorias pois, na interpretação natural, também vale se dar conta de que o amor humano não é profano mas religioso uma vez que o Criador abençoou o casamento. Seja como for, esses cerca de 25 poemas de amor ou são uma antologia de poemas reunidos de forma aleatória ou apresentam-se com uma certa trama que os une num grande Cântico sobre o amor.

Há uma tensão permanente na história da jovem que ama um pastor (às vezes imaginado como um rei sndo ela uma rainha): como em muitas histórias de amor – o casal apaixonado sofre muitas dificuldades que os mantêm separados. No Cântico dos cânticos, ora se encontram, ora se perdem, ora estão à procura, ora se encontram. De qualquer forma, “a mais bela canção” (título original) celebra o amor e suas alegria entre beijos e carícias, entre o leito nupcial e as imagens poéticas sobre a beleza dos noivos (comparações que às vezes soam estranhas para nós, situados em outra cultura). O trecho de hoje resume, de certa forma, o livro todo: a jovem e seu sonho de um casamento, sua procura pelo amado e a sua convicção: “encontrei o amor de minha vida”.

O evangelho do dia fala também de uma busca. Motivada pela dor de quem procura o corpo do Mestre (desaparecido do túmulo: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”) Madalena nos lembra a namorada do Cântico e seu sonho de amor. Ora, como Madalena, nós também, na vida ou na morte, no encontro ou na perda, estamos à busca do Mestre cuja palavra nos encanta e seduz. Como Madalena, estamos em meio a nossas idas e vindas, ansiosos por recuperar ao menos o corpo de um ente querido para lhe dar um digno sepultamento.

E eis que, em meio ao choro e sofrimento de nosso abandono, nem percebemos a palavra consoladora de quem nos pergunta: “mulher, por que choras?”, até superar o falta de fé e reconhecer a voz do bem-amado Mestre que nos chama pelo nosso próprio nome. Toda a contemplação do mistério gira aqui em torno dessas duas palavras: a dele: “Maria”. A dela, que se volta e responde toda sua alegria e toda sua fé também numa so palavra (expressa em sua lingua materna, observa o narrador): “Mestre!!” .O texto termina referindo que Madalena vai anunciar aos demais discípulos: “eu vi o Senhor!!”

Se procurarmos, os mensageiros nos trarão o consolo dessa pergunta: Mas por que choras?

Como ele nos conhece, ele nos chama pelo próprio nome

Se somos discípulos podemos escutar e ver o Mestre. E anunicar aos outros o amor.

( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )

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