Dia 13 de março - terça-feira
Então aquele patrão perdoou uma dívida grande do seu empregado, sendo que o próprio empregado não perdoou uma dívida pequena do seu amigo.
Na nossa caminhada, diariamente fazemos o mesmo. Vamos à missa, rezamos, pedimos mil coisas a Deus, começando pelo pedido de perdão de nossas culpas. Saímos da missa aliviados pela redução do peso dos nossos pecados, principalmente quando buscamos o sacramento da confissão. Ao chegar em casa, e na segunda-feira ao voltar para o trabalho, ou à escola, faculdade, nos esquecemos da misericórdia de Deus para conosco, e quando um familiar, um colega de trabalho nos pede desculpas por algum ato inconveniente que cometera contra nós, negamos o perdão. Ou simplesmente dizemos que está tudo bem, porém o nosso comportamento com ele não muda. Continuamos emburrados, de cara feira, sem fazer brincadeiras...
Caríssimos. Somos exatamente o retrato daquele empregado da parábola deste Evangelho de hoje. Pedimos sempre o perdão de Deus, mais temos muita dificuldade em perdoar os nossos devedores. Nossos familiares que nos ofendem, nossos amigos, colegas de classe, do trabalho, e assim por diante. O demônio coloca em nossas mentes o seguinte: se você perdoar, vai se rebaixar, se humilhar e será pior o seu relacionamento com essa pessoas daqui para a frente. Seja durão, não se abaixe. Mostre que você é uma pessoa importante, e não dê moleza! Ele (a) tem de aprender a não humilhar mais a sua pessoa.
No setor de trabalho,assim como nos estudos, é muito comum, os colegas “tirar o sarro” uns no outro. Através de brincadeiras maliciosas, de piadinhas ou mesmo diretamente, uns criticam os outros, mais no fundo isso ocorre não só pela falta de caridade, mais pela inveja. Basta um funcionário ser bem-visto pelo patrão, ou ser promovido, que os outros por inveja, passam a fazer gracinhas, piadinhas etc. Assim, o criticado que não tem o hábito de revidar as ofensas capciosas recebidas, volta para casa muito mal. Magoado, triste, em vez de ficar alegre pela promoção. Até pensa em mudar de emprego, pois o ambiente de trabalho torna-se muito cruel para ele. Do mesmo modo, o jovem que é invejado e injustiçado pelo seu alto desempenho nada escola, na faculdade, a primeira coisa que pensa é de mudar de colégio.
Que fazer ? Nunca fique zangado, irritado, respondendo com agressões. Pois é isso que eles querem. Não se irrite, não demonstre que está aborrecido com aquela gozação dos seus colegas. Entre também na brincadeira. Disseram que você é o “bonitão”, ou o preferido do patrão, responda em tom de brincadeira algo também meio maroto, mais sem ferir a caridade. O que responder? Pergunte a Jesus nas suas orações. Reze pelos seus injustos e invejosos colegas, e peça ao Espírito Santo que o ilumine na hora da brincadeira maldosa, no que você deve responder ou fazer . E acima de tudo, peça a Deus que perdoe a maldade dos seus companheiros, e que lhe perdoe também por possíveis sentimentos de raiva e vontade de fazer vingança. Será que deu para ajudar? Na verdade é Jesus quem nos ajuda nas horas difíceis de injustiças dos nossos semelhantes.
Enfim, vamos perdoar senão não seremos perdoados por Deus!
Sal.
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