FRATERNIDADE E SAÚDE PÚBLICA – CF 2012
A Campanha da Fraternidade deste ano, nos conduz a refletir sobre a realidade da nossa Saúde Pública. Nós que somos cristãos, conscientes e temos o dever de anunciar o Evangelho assim como de denunciar as injustiças, precisamos esclarecer aos nossos irmãos, principalmente aos sem tetos e sem saúde, certas coisas que eles não sabem, pois os comerciais não tocam nesse assunto.
O próprio Jesus Cristo foi um grande preocupado com a saúde dos fracos. No seu tempo, a saúde pública era uma verdadeira calamidade pública. Não havia saneamento básico, nem médicos, a alimentação do povo era deficiente, e assim era grande o número de pessoas doentes e sem ter a quem recorrer. Muito parecido com os pobres de hoje, que têm de esperar mais de um mês para conseguir um consulta médica. Somente a classe média e alta tem direito a um atendimento médico decente, pois podem pagar os planos de saúde.
Nos nossos dias também, observamos a construção acelerada de novos prédios cada vez mais altos, e a construção ou o alargamentos da rede de esgotos, não acompanha da mesma forma acelerada, ou, para ser mais realista, não se faz absolutamente nada no sentido de ampliar o saneamento básico. Pois a ampliação da rede de esgoto não aparece, fica abaixo do solo, e portanto não dá votos. Podemos comprovar isso, pelo mau cheiro que sentimos em certos trechos mais comprometidos das cidades.
Jesus curava os dentes e libertava-os dos seus sofrimentos físicos e espirituais. Na parábola do Bom Samaritano, temos uma verdadeira aula de como devemos ser, ou agir, para com os nossos irmãos que estão doentes. Sejam eles nossos parentes ou não.
A elite social dos tempos de Jesus, associou a causa da doença ao pecado. Assim, aquele que ficava doente, era por que havia cometido pecados. A sua doença, portanto, era causada pelos seus pecados. Dessa forma, a elite dominante, os saduceus, tirava dos seus ombros a responsabilidade de gastar dinheiro com a saúde pública. Será que já não vimos esse filme por aqui?
Como vai a nossa saúde pública? Ou melhor, como é o atendimento médico-hospitalar dos nossos irmãos da classe baixa? Será que eles têm atendimento imediato, ou tem de esperar quase um ano para poder consultar um médico? Será que saem dos hospitais curados, ou saem com mais umas doenças adquiridas pelas infecções hospitalares? Sabemos pelos noticiários de idosos que morrem nos corredores dos hospitais, na fila para serem atendidos, sabemos de cirurgias erradas, de crianças que morrem nos hospitais, e outras coisas mais.
A nossa medicina é curativa, em vez de ser uma medicina preventiva.
Na medicina curativa, cuida-se da pessoa depois que ela acomete um mal, uma infecção, por exemplo. É uma medicina que dá muito dinheiro a quem vive dela, e aos laboratórios que produzem remédios.
Na Medicina Preventiva, cuida-se de providenciar medidas e infra-estruturas como o saneamento básico, a conscientização do povo para que tenha hábitos de higiene, para que faça exercícios, para evitar comidas gordurosas, controlar o açúcar, etc, para que não fiquem doentes. É claro que esse tipo de medicina não agrada àqueles que vivem da saúde, daqueles que ganham dinheiro com a maior quantidade de desinformados a respeito de como se faz para ter saúde ou evitar doença. E com certeza eles vão odiar essa reflexão, como não gostaram da que publiquei no dia 22 de fevereiro. Veja:
Além de conscientizar o povo sobre quais os cuidados que devemos ter para evitar a doença, precisamos outrossim, mostrar os perigos do alcoolismo e de todo tipo de embriaguês para a nossa saúde.
Sabemos também pelos noticiários que os recursos financeiros ou verbas para a saúde, é coisa complicada.
Prezados irmãos. Somos cristãos, imitadores de Cristo. Portanto, não podemos nos calar diante das injustiças. Conscientizemos os nossos irmãos a respeito de COMO DEVEMOS PROCEDER PARA EVITAR AS DOENÇAS, e não ficar dependentes de uma medicina mercenária, terceirizada, curativa, e portanto, muito cara para os salários que ganhamos.
Sei que este texto não vai agradar a muitos. Podem enviar suas insatisfações. Podem reclamar a vontade. Façam isso.
Sal.
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