Sábado, 25 de fevereiro de 2012
Evangelho: Lc 5,27-32
“Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar os bons, mas para chamar os pecadores, a fim de que se arrependam dos seus pecados”. Jesus deu esta resposta maravilhosa para os fariseus e para os mestres da Lei. Eles ficaram zangados com Jesus por estar comendo com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama. Era inconcebível uma pessoa temente ao Senhor, seguidor das doutrinas cristãs judaica, fazer refeição festiva com pessoas não cristãs. Neste caso Jesus estava blasfemando contra o Pai.
Para Jesus somente os doentes necessitam de médicos. Quando a pessoa está curada, feliz, seguindo o bem-viver, o médico está dispensado. Mas quando a doença ataca o corpo, correndo a vitalidade e as esperanças o médico deve estar assistindo o paciente. Para que levar saúde para uma pessoa sã? Perca de tempo. Ela já está tranqüila para manter-se na luta diária. Entretanto, caso o indivíduo não esteja sentindo-se bem, não consegue compreender os ensinamentos do Santo Evangelho, ou quando não consegue enxergar as causas que provoquem o mal, faz-se necessário o médico para aliviar as dores.
Para tanto, Levi era um Ser doente. Não conseguia enxergar o mal que causava nas pessoas pobre. Exigia o dividendo do imposto a qualquer custo. Mal o povo tinha para comer. Passava por privações e humilhações. Todos os recursos eram enviados para os dirigentes do poder para manter os fartos privilégios à custa do suor alheio. Mas não suportou o convite de Jesus para abandonar a prática maléfica e humilhante. Ele aceitou na hora. Sentiu-se perto da libertação e não deixou para depois e nem cogitou em pensar no caso. Ademais, resolveu fazer uma festa em sua casa para o Senhor. Quantas felicidades! Quanta gratidão! Quanto amor!
Olhando para nossa realidade enxergaremos uma multidão de doentes. São pessoas desesperadas, sem argumentos para enfrentar as dificuldades, machucadas pelo poder da ganância, do rancor, do ódio e das tristezas. São pessoas que acreditaram nas falsas promessas dos dirigentes públicos e muitas foram enganadas com míseros assistencialismos no final do mês. Estes restos colocados a disposição dos desprotegidos alienaram, cegaram e passivaram as atitudes deste povo. Infelizmente, são incapazes de caminhar com as próprias pernas. São dependentes, manipulados e DOENTES. Como cristãos temos a obrigação de levar a saúde para estes infelizes. Como afirma Eclo. 38, 8 “que a saúde se difunda sobre a terra”, não podemos deixar que irmãos morram por descuido ou por negligencia. Devemos colocar a disposição e ir à festa na alegria e vê-los corados, fortes, firmes e autônomos.
Portanto, para aqueles que já estão curados e acreditaram no poder da transformação só resta praticar a justiça e aumentar o número de pessoas na messe, mas para aqueles que ainda não conseguiram visualizar o projeto de Deus e ficam zombando, zangados com o poder divino já está na hora de mudar de vida e aprender a participar do encontro fraterno na festa o Pai. Não sejamos fariseus e nem os doutores da Lei, sejamos um paciente que deseja a cura por dentro e por fora. Mas, tenha fé, acredita que tudo será alcançado. Amém!
Felicidades, Claudinei M. Oliveira.
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