16 de julho - Jesus inaugura uma nova família
Reparemos na Lei de Deus antes de Cristo. O quarto mandamento é: honra o teu pai e a tua mãe, para que assim tenhas longa vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar. O mandamento dirige-se aos filhos e institui a relação das gerações e a comunidade da família como uma ordem desejada e protegida por Deus – liga a permanência do povo e da terra à estrutura da família (que liga as gerações) e conserva a estrutura familiar do povo do eterno Israel. Mas Jesus coloca todos que fazem a vontade do Pai celeste como seus irmãos, o seguimento de Jesus não oferece uma ordem social e jurídica, como foi proposta pelo Torá. Jesus inaugura uma nova família, muito maior que a do eterno Israel: composta não pela relação do discípulo e da Torá (família judaica), mas sim a relação do discípulo e de Jesus (família cristã). Para ser cumprimento do Torá, quando este indica que a natureza de Israel é anunciar Deus para todos os povos, e não apenas se conservar diante do mundo. Jesus oferece a universalidade (a fé no único Deus), veiculada pela nova família (em comunhão com Deus e com a Sua vontade). A universalidade da fé e da esperança de Israel, a libertação, com ela ligada, da letra na nova comunhão com Jesus, está ligada à sua autoridade e à sua pretensão como Filho – pois, se Jesus não fala como Filho, Ele desencaminha para a desobediência contra o mandamento de Deus. Para o cristão, é fundamental ter bem diante dos olhos a relação entre ultrapassar (diferente de transgredir) e cumprimento do mandamento. Jesus forma espaços maiores do que a tradicional ordem social judaica. A Igreja é a nova família de Deus. Cristo Nosso senhor, estreitai ainda mais as nossas relações nas comunidades que querem assumir seu discipulado, amém. (Lincoln Spada)
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