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28 de mar. de 2011

O publicano voltou para casa justificado; o outro não.-Padre Queiroz


Sábado, 2 de Abril de 2011

Evangelho - Lc 18,9-14

 


Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola do fariseu e do cobrador de impostos, também chamado de publicano. Logo no início, S. Lucas diz para quem Jesus a contou, de modo especial: "Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros".

Como é triste ver uma pessoa convencida, que só vê qualidades em si mesma, e defeitos nos outros! Essas pessoas que falam: "Eu estou bem com Deus, porque não faço grandes pecados..." são os fariseus de hoje. São pessoas que já se julgam salvas. O céu já está garantido; Deus vai apenas estender o tapete para elas. Para elas, a salvação é mérito próprio, não presente gratuito de Deus. No fundo, quem é santo é a pessoa, não Deus.

As boas obras são importantes, mas não são elas que nos salvam, e sim Deus, e gratuitamente. Deus só concede a graça da salvação aos humildes, aos que estão convencidos de que são pecadores e não merecem o céu.

Os fariseus são um entrave na Comunidade cristã. Eles se fixam em práticas antigas, porque julgam que são elas que lhes garantem o céu; e ai de quem propõe uma mudança. Mesmo que a proposta venha do coordenador da Comunidade, ou do próprio pároco, é condenada por eles.

Se alguém nos perguntar: "Com qual dos dois homens da parábola você mais se identifica?" e alguém de nós responder que é com o publicano, essa pessoa prova que é fariseu. Porque o fariseu julga-se sempre o melhor; e, na parábola, o melhor é o publicano.

"O meu orgulho é ser humilde" dizem os fariseus. A nossa natureza pecadora é tão manhosa que existe até o orgulho disfarçado em humildade. Por exemplo, aqueles que dizem: "Eu não assumo tal cargo ou tal ministério na Comunidade, porque não sou digno". Puro farisaísmo! Jesus falou: "O maior dentre vós, seja o vosso servo" (Mt 23,11).

Todo serviço é igualmente digno, desde o lixeiro, até o prefeito da cidade; desde o coroinha, até o papa. Perguntaram a uma árvore: "Por que não fazes barulho?" Ela respondeu: "Os meus frutos são a minha melhor propaganda".

Um dia, um grupo estava reunido, rezando. A certa altura alguém disse: "Vamos agora rezar pela conversão dos pecadores". E rezaram, sem nem se lembrarem que eles também eram pecadores. Por aí vemos que o farisaísmo está em todos nós, em uns mais, em outros menos.

Certa vez, um homem sonhou que estava indo por um caminho, e lá na frente encontrou uma bifurcação. O caminho se dividia em dois, com as devidas placas. Em um estava escrito: "Quem tem fé", e no outro: "Quem não tem fé". Ele pegou o caminho dos que têm fé.

Mais na frente, outra bifurcação, com as placas: "Quem obedece aos mandamentos", e no outro: "Quem não obedece aos mandamentos". Ele pegou o caminho dos que obedecem aos mandamentos.

Mais na frente, outra bifurcação. De um lado, a placa dizia: "Quem ama o próximo", e do outro: "Quem não ama o próximo". Ele pegou o caminho dos que amam o próximo.

Lá na frente, ainda outra bifurcação. A placa de um dos caminhos dizia: "Quem tem o coração puro" e a placa de outro caminho: "Quem tem o coração impuro". Ele seguiu o caminho dos que têm o coração puro.

Mas, coitado! Logo na frente, olhou de lado e viu que estava dentro do inferno!

Ainda bem que era sonho. Aliás, foi uma graça de Deus para ele, uma chamada da sua consciência, para que ele deixasse de ser fariseu convencido.

Campanha da fraternidade. O Brasil tem sido palco de grandes escândalos: corrupção, tráfico de influências, desvios de verbas... Esses tipos de crime são os que trazem as conseqüências mais trágicas para nossa sociedade, como fome, desemprego, falta de assistência à saúde, analfabetismo, recessão da economia e outros malefícios. Dificilmente, no entanto, alguém é condenado pela prática de tais crimes. A imprensa os trata como fatos espetaculares, cuja solução é a busca de um culpado, sem refletir sobre as causas mais profundas desses crimes de "colarinho branco".

O sistema prisional brasileiro visa especialmente aos que praticaram crimes comuns. Os praticantes de crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas, ao responderem aos processos, recorrem reiteradamente às diversas instâncias do sistema judiciário, alegram publicamente inocência – nunca provada – e, muitas vezes, até conseguem a aprovação da opinião pública, que se expressa pelo ditado popular: "esse rouba mas faz".

Maria Santíssima era humilde. Na Anunciação, chamou a si mesma de escrava do Senhor. Quando a prima Isabel a elogiou, ele dirigiu o elogio para Deus, que olhou para a humildade de sua serva. Na vida pública de Jesus, nas horas em que ele era aclamado ela estava escondida, fazendo os trabalhos mais humildes. Na hora humilhante para o Filho e para ela, a mãe do condenado, Maria estava em pé, bem visível a todos. Que Nossa Senhora nos ajude a sermos humildes, porque "quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado".

O publicano voltou para casa justificado; o outro não.

Padre Queiroz

 

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