Sexta - feira, 07 de Outubro de 2011.
Evangelho – Lc 1,26-38
"Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra". Com estas palavras maravilhosas Maria aceita o mistério de Deus e se entrega de corpo e alma. Pois, dentre tantas moças livres, foi escolhida para ser a mãe do Salvador, a mãe do Libertador, a mãe do Filho do Altíssimo, o Filho de Deus.
O que chama a atenção deste anúncio do Anjo Gabriel à Maria foi a disponibilidade em atender ao pedido, em conceber um filho, já prometida à casamento a José. Naquela época, pela tradição cultural, se uma mulher ficasse grávida solteira, ou já prometida para o casamento, seria apedrejada ou abandonada para sempre. Mas Maria rompeu as tradições e aceitou alegremente em ser a mãe escolhida, correndo o risco de ser condenada.
Contudo, José também recebeu em sonho a visita do anjo. Concordou com a gravidez de Maria e arcou com as conseqüências. Que belo exemplo de homem e marido! José sendo um construtor, homem pobre de Nazaré, foi embebido pelo Espírito Santo de Deus. Mostrou a sua fé sem questionamento e sem importar com o desarranjo que teria que passar a partir da adesão com o Pai. José abraçou a causa.
Ao aceitar o convite de ser a mãe do Salvador, Maria estava diante da libertação do grande povo de Deus. Ela geraria o Messias capaz de fazer o seu povo enxergar a opressão, a marginalidade e o abandono. Afinal, Nazaré era um povoado muito pobre. Ali vivia multidão de maltrapilhos, de trabalhadores, de pais de famílias que passavam fome, de mães que choravam as dores dos filhos, das crianças famintas e desoladas. Na verdade, era um povoado que merecia atenção dos doutores das Leis e dos Sacerdotes de Jerusalém. Mas foi nesta cidade empobrecida que Jesus vai nascer.
A grande Luz do mundo vai clarear todos os confins da terra. O menino, filho de Maria, o Filho de Deus, tem uma proposta singular para seu povo. Esta proposta germinada e cultivada no seio da fé do povo de Deus, difundia vida nova e liberdade para todos. E todas as gerações depois de Jesus hão de zelar pela vida e pela liberdade dos irmãos em Cristo Jesus.
Na verdade, Maria não estava germinando um simples feto. Estava trazendo ao mundo um Ser com potencialidade de ser Rei. Não um rei com coroa de ouro na cabeça e cajado na mão para sacrificar o seu povo. Mas um rei de transformação! Um rei que faria história na sua época e nas eras vindouras. O rei da esperança, do amor e das vicissitudes.
Enfim, Maria ao declarar espontaneamente serva do Senhor demonstra o tamanho de sua Fé. Ela acreditou e sacrificou parte de sua vida para aprovar um pedido de Deus. Ao visitar sua prima Isabel, manifestou em seu ventre a alegria de Jesus e a alegria de João Batista no ventre de sua mãe. Um era o preparador para a chegada do messias – João Batista – o outro o grande anunciador da boa nova da justiça – Jesus. Assim, o impossível torna-se possível perante a magnitude de Nosso Deus. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo: para sempre seja louvado. Amém!
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Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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