Segunda – feira, 13 de fevereiro de 2012
Evangelho: Mc 8, 11-13
Jesus encontra-se com os fariseus ao retornar do território pagão. Os judeus não perderam tempo e correram para atentá-lo. Não davam sossego para o Mestre. O objetivo dos judeus era tentar pegar Jesus em contradição. As conversas rendiam conflitos, pois a visão dos judeus era bem diferente da prática visionaria de Jesus.
Todavia, os judeus pediram um sinal dos céus para o mestre. Tentavam a todo custo incomodar Jesus com perguntas fora de si. Não que Jesus não soubesse dar respostas, mas não valeria a pena perder tempo com homens que não tinham capacidade de nem enxergar os sinais visíveis da terra, como entenderiam os sinais do alto. Veja, Jesus demonstrava sinais da cura, da libertação, da construção do Reino igualitário, da paz, da justiça. Eram sinais vivos do trabalho messiânico do Mestre. Porém, os fariseus não enxergavam estes sinais. Sabe por quê? Porque mexia com os poderes políticos, econômicos, religiosos e culturais deles. Estes sinais abriam os olhos, os ouvidos e a boca do povo. Agora os humilhados tinham alguém para defendê-los. Não estavam sozinhos a mercê dos lobos famintos. Entenderiam a jogatina dos poderosos.
Contudo, quanto mais o tempo passava mais os judeus enervavam. Jesus escapava de todo jeito. Afinal, eles não queriam entender os sinais de Jesus, então não compensava insistir com uma coisa que não tem mais volta. Os judeus era causa perdida. Eles já tinham opiniões formadas, suas ideologias já absorviam a totalidade do ser. Assim, seus olhos não conseguiam contemplar as magnitudes da presença divina no Filho do Homem.
Não distante da realidade da nossa época ainda encontramos pessoas que relutam a não entender as coisas de Deus. Vivem pedindo a Deus um sinal dos céus para crer e aumentar a fé. Ainda relembram a passagem de Jesus que afirmar se alguém tiver a fé do tamanho de uma semente de mostarda conseguirá mudar uma montanha por completo. Como não conseguem, claro, não têm o Deus no coração o Deus puro e verdadeiro acabam desfazendo do Filho Amado.
No entanto, falar de justiça, fraternidade, Reino, libertação não soam bem para ouvidos de quem não enxergam o próximo como irmão. Para muitos alienados, corrompidos nas práticas maléficas, o Outro é visto como inimigo, como lixo descartável, como empecilho e como estorvo. Para estes seguir Jesus é penoso. A vida no Evangelho é bem diferente da vida dos aproveitadores. A vida no Evangelho é a maturação da fé, é o desejo de servir, de ver os irmãos felizes e libertos.
No final do Evangelho Jesus dá as costas para os infortunos judeus, entrou na barca e saiu em missão. Que esta mensagem de não dar ouvidos para aqueles que atentam e seguir em frente na missão evangelizadora seja correta e constante no dia-a-dia de muitos profetas apaixonados com os sinais reais da vida. Que assim seja, amém!
Felicidades, Claudinei M. Oliveira.
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