30 DE JULHO – De onde lhe vem essa sabedoria
Jesus, sendo ele o filho de Deus Pai, tem autoridade para realizar os prodígios e milagres.
As autoridades religiosas questionam Jesus pelas obras que ele realiza entre o povo judeu. Em Jerusalém, ele está com seus discípulos andando pelo Templo. As obras e milagres que acontecem no Templo são realizados por Javé, o Deus libertador. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os sábios anciãos aproveitam que Jesus está ali e perguntam com que autoridade realiza as obras.
Podemos entender “autoridade” como: em vista de que, por qual motivo ou por ordem de quem ele as realiza. É claro, sendo ele o filho de Deus Pai, tem autoridade (autorização) para realizar os prodígios. O problema está nas autoridades eclesiais e civis. Eles não compreendem que, de fato, Jesus é filho de Deus, e que está na terra para fazer a vontade do Pai, redimindo os afastados (os pobres, coxos, pagãos e abandonados) do Templo, da Casa de Israel, por causa da estrutura religiosa do tempo.
O mesmo acontece com João Batista, pois não compreenderam a sua missão de ser o precursor do Messias. Muitos judeus, pagãos e samaritanos acreditaram em João, aceitando o batismo. Eles o tinham como profeta, já que anunciava a vinda do Messias com autoridade e sabedoria.
Jesus não responde para as autoridades religiosas “o motivo pelo qual ele realiza os prodígios”, porque eles não iriam acreditar nele como filho de Deus. Sendo ele e o Pai um só, tem autoridade para realizar obras e curas, mesmo no sábado, dia de guarda.
Oração da vida
Devemos entender que há neste mundo coisas boas e ruins misturadas. Que bom, através do discernimento, identificássemos as coisas boas e aproveitássemos, sem nos sujarmos! As autoridades eclesiais e civis do tempo de Jesus não fizeram discernimento das coisas que ele dizia e realizava. Tinham medo de sua verdade. Por isso, o condenaram, partindo da Lei e não da realidade.
Em nossa vida de cristãos, às vezes cometemos o mesmo erros que eles. Julgamos sem conhecer a realidade, e ainda queremos respostas para nossos questionamentos: De onde viemos? Para onde vamos? Será mesmo que Jesus e os discípulos existiram? Será que a Sagrada Escritura é apenas um conto, uma estória de um povo? Será que minha fé é válida?
Bom, se não acreditamos naquilo que é revelado e com tantos anos presente na vida das pessoas, para que então respostas a muitas perguntas sobre o mistério divino, se não temos experiência com o concreto, com o dia-a-dia, com a realidade do povo pobre, oprimido e explorado donde podemos encontrar Deus? O que podemos dizer daqueles que fazem experiência com Deus, abandonando tudo para viver uma vida dedicada a Ele e ao próximo?
Evidentemente, precisamos questionar sim, porém não devemos tomar tais respostas que não se convergem com a nossa realidade e com a realidade da Igreja. De fato, Deus existe e suas coisas também. O problema pode estar na cegueira não cristã e não religiosa que impede-nos de enxergar a realidade da vida e a verdade do mistério divino. Pensemos um pouquinho...
Amém.
Abraço carinhoso ...
Profª MARIA REGINA.
COM QUE AUTORIDADE FAZES ESTAS COISAS?
Evangelho - Mc 11,27-33
Jesus tinha acabado de expulsar os vendilhões do Templo, quando se aproximaram dele os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciões e perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” Jesus que sabia o que pensavam aqueles que estava enciumados, e se sentindo prejudicados em seu lucrativos negócios, nos quais exploravam o povo em nome de Deus, respondeu àquela pergunta com outra pergunta.
Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi
com que autoridade faço isso. O batismo de João vinha do céu ou dos homens?
Por que Jesus fez esta pergunta? Porque João Batista ao batizar as pessoas , já lhes perdoava os pecados sem cobrar nada. Ao passo que no Templo, tudo era cobrado.
Foi assim, que Jesus sendo o próprio Deus, e por isso tinha resposta para tudo, deixou os mestres da lei e sacerdotes em uma situação difícil, sem nenhuma saída.
“Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: Por que não acreditastes em João? Devemos então dizer que vinha dos homens? Mas eles tinham medo da multidão,
porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. Então eles responderam a Jesus: Não sabemos.”
Se as autoridades judaicas admitem que o batismo de João procedia de Deus, então teriam de agüentar esta pergunta de Jesus: Então, por que continuam sacrificando animais para o perdão dos pecados?
Para Jesus o perdão dos pecados é obtido independentemente dos sacrifícios do Templo. Fora do Templo também se oferece esse perdão. Nem também só por meio de João. O próprio Jesus perdoa os pecados. Dessa forma Jesus destrói os fundamentos da significação do Templo e da sua importância. Ordena o término da matança de animais para o sacrifício, mas sim, em vez disso, ele ordena que seja feita partilha entre os pobres. “EU NÃO QUERO SACRIFÍCIO, MAIS SIM CARIDADE”.
Sal
CONCLUSÃO
O Evangelho de hoje nos mostra os sumos sacerdotes, os fariseus e os doutores da lei questionando Jesus sobre sua autoridade. Muitas vezes, vemos pessoas que duvidam das verdades da fé e questionam o próprio Deus sobre a legitimidade de suas ações e de seus princípios, mas se formos analisar mais a fundo a vida das pessoas que manifestam tal atitude, veremos que na verdade as suas vidas é que apresentam aspectos contraditórios porque os seus princípios de vida não são legítimos. Essas pessoas querem, na verdade, legitimar a sua vida marcada pelo erro e pelo pecado, por princípios que, na verdade, encontram o seu fundamento unicamente no egoísmo. (CNBB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário