Comentário (1ª leitura, 6/7, 3ª feira - 14ª.semana Tempo comum) Oseias 8, 4-7.11-13)
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
[ Evangelho: a messe é grande e poucos os operários Mateus 9,32-38 ]
O cap.8 em Oseias é um poema de acusação à anarquia política e à corrupção religiosa porque reis e sacerdotes esqueciam as leis de Deus aceitando nos próprios lugares de culto a adoração de estátuas de animais. No centro do capítulo: um provérbio bastante conhecido em qualquer cultura: “quem semeia vento colhe tempestade”: a idolatria e o desprezo do amor divino provocarão a decadência daquela sociedade. As estátuas (bezerros de ouro) que um dia simbolizaram nos santuários o trono (material) do Deus invisível (assim como a Arca da Aliança era símbolo do trono de Jahwé e da presença da Lei no meio do povo) tornaram-se objetos de adoração nos vários cultos de fertilidade material. A religião deixa de adorar a Deus para adorar liturgias, objetos de adorno do culto: não escuta mais a palavra de Deus mas prefere cultos para obter prosperidade material. A liturgia mantinha a tradição dos sacrifícios e ritos exteriores mas vazios do culto sincero no coração. Jesus, ao contrário, mostrará o verdadeiro culto ao Pai que pede para cuidar de seus filhos, sobretudo dos doentes e dos que não têm voz na sociedade demonizada. Para ajudar no atendimento às multidões cansadas ele pede auxiliares (operários para continuar o trabalho de cuidar dos que mais precisam de atenção e ajuda dos irmãos)
(Prof. Fernando SM – Rio,RJ)
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