05 DE AGOSTO
Evangelho - Mt 16,13-23
O Evangelho de hoje pode sugerir duas perguntas para a nossa vida pessoal. A primeira é: em que fundamentamos o nosso conhecimento no que diz respeito à nossa fé? A segunda pergunta é: quais são as conseqüências da nossa fé para a nossa vida? Quanto à primeira pergunta, podemos fundamentar o nosso conhecimento sobre as coisas da fé a partir da Palavra e do Magistério da Igreja, que nos garantem a verdade, mas podemos fundamentar este conhecimento na opinião de muita gente que fala muita coisa a respeito de Deus sem entender nada de nada ou até mesmo termos uma fé sem fundamento nenhum. Quanto à segunda pergunta, podemos fazer da nossa fé o motor da nossa vida ou podemos ter apenas uma fé discursiva ou indiferente, que não representa nada para a nossa vida concreta. (CNBB).
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Existem pessoas que são cristãos apenas socialmente. Foram batizados, casam-se na Igreja, respeitam os padres, até vão à missa de vez em quando, batizam os filhos na Igreja com muitas fotos, levam-nos para o catecismo, e no dia da primeira comunhão, é mais um almoço com os amigos, sempre com muitas fotos e filmagens, como aconteceu do dia do batismo, do casamento, etc.
Tive a oportunidade de conhecer um empresário que era o tipo do cristão socialmente falando. Ele era quase temente a Deus. Tinha a Bíblia sobre a sua mesa, crucifixo na parede, e até convidou o vigário para benzer as novas instalações da ampliação da Empresa, com muita reverência para com o representante de Deus, exigindo de todos que fizessem o mesmo, afinal, sua querida mãe, estava presente. Era, inegavelmente, um bom sujeito. Porém, ele tinha um outro lado, ou uma outra personalidade. Por ser um cristão socialmente, (não obstante guardar as recomendações da sua fervorosa mãe), ele era um cristão do seu jeito. Muito carinhoso com a família especialmente com a esposa, assim como era também muito carinhoso com a sua linda secretária. Pagava religiosamente o salário para os funcionários, mas dava sempre um jeitinho no imposto de renda, sabe como é que é, dizia sempre ao seu contador. Por exigência da sua mãe, ele ia à missa quase todos os domingos, mas com os amigos participava de toda conversa permissiva, incluindo as mais picantes piadas... e assim por diante.
Que poderíamos afirmar da conduta religiosa deste empresário? Podemos dizer que ele estará no inferno sem apelações? De jeito nenhum! Jesus é quem vai decidir. Aliás, Jesus disse que devemos amar a Deus com todo o nosso entendimento. Se aquele homem entende que está agindo certo, só Jesus é que vai decidir. Por outro lado... Jesus disse também que “...se não és por mim, és contra mim...”
Prezadas irmãs e prezados irmãos. Jesus quer de nós um engajamento sem restrições, sem meias verdades. Ou somos ou não somos cristãos. Nós, que fomos os escolhidos para continuar a missão de Jesus na Terra, não temos desculpas. Ou somos por Ele ou somos contra Ele. Não podemos servir a dois senhores. De manhã freqüentar a missa, fazer uma palestra nos grupo de jovens, e à noite curtir tudo que “temos direito” nos embalos da madrugada, ou nas nossas festinhas particulares... Precisamos nos aproximar cada dia mais de Jesus, de seus mistérios, e nos comprometer sempre mais com o seu plano de salvação. Precisamos nos apegar cada dia mais a Deus, pela meditação, pela oração, pela eucaristia, pois a qualquer vacilo da nossa parte, satanás se aproxima, nos tenta, nos arrasta para a perdição. Pois acredite. Ele está sempre de olho em nós. Nas nossas fraquezas, nos nossos pontos fracos, esperando sempre um momento de descuido para dar o bote como uma serpente venenosa. Que Jesus nunca nos abandone. Que sempre nos dê a disposição para estar sempre ligados a Ele, sem nunca nos afastar da sua companhia. Amém.
Sal.
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