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10 de mar. de 2011

- Dias virão em que o noivo lhes será tirado, e então jejuarão - Padre Antonio Queiroz


Sexta-feira, 11 de março de 2011


 

Este Evangelho narra a pergunta que os discípulos de João Batista fizeram a Jesus: "Por que razão nós e os fariseus praticamos o jejum, mas os teus discípulos não?" – e a resposta de Jesus. Jesus compara a sua presença física na terra com uma festa de casamento, durante a qual ninguém fica de luto nem jejua.

Jesus está se referindo à comparação que os profetas fazem entre a aliança de Deus com o seu povo e o casamento. Veja o que diz o profeta Oséias: "Naquele dia, ela (a família do Povo de Deus) passará a chamar-me de "meu marido" e não mais de "meu Baal"... Afastarei desta terra o arco, a espada e a guerra, e todos poderão dormir em segurança. Eu me caso contigo para sempre, casamos conforme a justiça e o direito, com amor e carinho" (Os 1,18-20). A presença do Messias na terra foi a festa do casamento "para sempre", isto é, uma aliança eterna.

O jejum praticado pelos judeus tinha um sentido de preparação para a chegada do Messias e do Reino de Deus. Como que os discípulos de Jesus iam praticar esse jejum, se o Messias já estava com eles?

Mas "dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão". Trata-se do nosso jejum, o jejum dos discípulos de Jesus, desde o dia em que Jesus subiu para o céu. É um sentido muito amplo de jejum, significando todas as perseguições, sofrimentos e privações dos cristãos por causa do seguimento de Jesus.

Precisamos dominar as nossas más inclinações e corrigir os nossos defeitos. Libertar-nos da ira, da soberba, da avareza, do erotismo, da inveja, da gula, da preguiça, aprender a perdoar ou pedir perdão, voltar a conversar depois de um atrito... Nós só conseguimos libertar-nos desses vícios e defeitos, se nos exercitarmos, inclusive com jejum.

Existe ainda outro tipo de jejum muito importante: O jejum dos olhos. Há cenas que nos fazem mal, incitam-nos à violência, ao ódio, à desordem, à luxúria... Quantos filmes e revistas nos conduzem a isso! "Vigiai e orai para não cairdes em tentação", disse Jesus. Vigiar é, entre outras coisas, praticar o jejum dos olhos.

Muitos padres dão aos jovens o seguinte conselho: "Você sentiu sede? Não beba logo a água, mas espere cinco minutos. Recebeu uma carta? Não abra logo, mas espere cinco minutos." É um ótimo treinamento do domínio sobre os impulsos naturais do nosso corpo. Os nossos instintos são cegos. Tanto podem levar-nos ao bem como ao mal. Se nós não os dominarmos, ai de nós, e daqueles que convivem conosco!

Existe ainda o jejum do espírito: O controle das palavras, do afeto, do humor, da disposição para o trabalho, o domínio das emoções... Saber dar um abraço quando sentimos vontade de fazer o contrário, ou saber engolir seco e não dizer nada, quando a vontade seria de dizer algo muito pesado.

As pessoas são capazes de fazer grandes sacrifícios pelo seu amado ou por sua amada. Os que amam a Deus devem fazer a mesma coisa por ele. Por isso que os santos diziam que para eles a cruz era doce como o mel; foi treinamento.

O amor de mãe é o mais belo retrato do amor de Deus por nós. "Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!" (Is 49,15). Que o nosso amor a Deus nos leve também a fazer tudo o que for necessário e útil para não perdê-lo.

Campanha da fraternidade. O objetivo da campanha é sensibilizar-nos a usar os meios que temos para diminuir a violência e promover a cultura da paz. Também denunciar os crimes contra a ética e a economia nas gestões públicas, assim como combater a mentalidade de combater a violência com a violência.

Não é cristã nem correta a idéia de separação da sociedade em dois grupos: bandidos e não bandidos, vendo a si mesmo como não bandido. Todos os brasileiros pensam assim, isto é, se colocam a si mesmos como não bandidos. "Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra".

Certa vez, foi feito um concurso de pinturas para representar a paz. O quadro que ganhasse ia ser premiado com um alto valor de dinheiro.

Apareceram os quadros mais diversos. Um trazia uma pomba, a pomba da paz. Outro, uma flor belíssima molhada de orvalho. Outro uma paisagem bonita, dando sensação de silêncio, e apenas uma leve brisa roçando o jardim. E muitos outros.

Mas o que ganhou trazia uma cachoeira muito perigosa, em cima da qual havia um galho de árvore. Neste galho estava um pássaro cantando.

Realmente, a paz verdadeira é aquela que se consegue no meio da luta e da turbulência da vida, sem fugir da situação. Só quem se exercita no domínio de si mesmo pode manter a paz em momentos de forte conflito ou agressão.

Maria Santíssima é a mulher forte que enfrentou situações difíceis, como a fuga para o Egito, e a morte do Filho na cruz. Sinal de que ela se exercitava no auto domínio. Santa Maria, rogai por nós!

Dias virão em que o noivo lhes será tirado, e então jejuarão.

Padre Antonio Queiroz 

 

 

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