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1 de fev. de 2012

“A morte de João Batista” – Claudinei M. Oliveira




Sexta - feira, 03 de Fevereiro de 2012
EvangelhoMc  6, 14-29

            João Batista foi o grande anunciador da vinda do Messias. Preparou os corações dos homens aflitos para receber com dignidade Aquele que tinha o dom da Palavra de transformação. Não se esquivou da missão conferida. Fez tudo com naturalidade na tentativa de levar reflexão no coração dos homens a fim de provocar mudanças relevantes. Buscou junto ao povo a conversão dos pecados  através do batismo na água, purificação da alma para auferir o Mestre com carinho. Porém, João Batista, mesmo sendo um homem admirado  e respeitado até pelo Rei Herodes, por capricho da filha de sua amante, Herodias, foi morto de forma brutal. 
            A morte de João Batista tem relevância importante na vida palaciana. Ele não aceitava o relacionamento de Herodes com a mulher de seu irmão.  Segundo João, Herodes estava pecando contra os mandamentos dos profetas de outrora: "Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!"  Herodes tinha respeito por João Batista e assentia com serenidade. Contudo, Herodias sentia-se ameaçada pelas intervenções de João. Marcos até descreve sua ira ao afirmar:Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo.
            Calar João Batista foi a maneira mais fácil de livrar das infortunasadvertências.  Não somente para os poderosos que controlavam o poder, mas para a mulher que aproveitava a situação ao usufruir das regalias  luxuriosas do palácio. Calar João era abrir caminhos para a vida fútil e promíscua  da infidelidade. As orgias não deveriam parar dentro de um espaço que tinha a ordem de mandar até na vida das pessoas.  Portanto, a palavra revelada não tinha permissão para atravessar os portões da promiscuidade com a tenacidade sólida da mudança de hábito e vida.
            Ao executar o pedido da filha de Herodias, mandando cortar a cabeça de João Batista e colocando-a numa bandeja de prata, revela o esmagamento da retidão da veracidade do anúncio profético das coisas certas. A  lei do homem é forte, mas cega; ela é diretiva e tendenciosa, serve apenas para quem a fez. Deixa de lado milhões de cristãos que vivem a mercê dos favores alheios. Entretanto, a palavra de Deus não é tendenciosa, ela é pura e sem mancha que  revela  a honestidade. Seguir a palavra de Deus é seguir o Cristo Ressuscitado que deu sua vida por amor a fim de tirar o homem do pecado e do sofrimento.
            A partir da reflexão deste Evangelho percebemos o quanto somos sujos diante de Deus. Nós, homens e mulheres, deixamo-nos as coisas do Pai para vivermos aventuras distante dos sagrados lares. Quantos homens e mulheres que traem seus parceiros por motivos banais, por caprichos, por “falta” de amor, por não conhecer Deus. Isto mesmo:  juram amor eterno, até que a morte os separe, mas depois vem a desgraça do encardido e coloca tudo a perder. Para mostrar que tem razão e tudo pode, dão lições de moral  nos jovens. Isto é, vivem na aparência, na logomarca da felicidade escondida. São os traiçoeiros e os perversos da sociedade.
            Jesus foi confundido com João  Batista pela semelhança da pregação. Isto demonstra o quanto João era valoroso. Deixou para nós o legado de sermos anunciadores do Evangelho e co-participantes da construção do Reino de Deus. Sejamos fiéis a Santa Palavra e honramos nossas companheiras / companheiros que escolhemos para viver o amor de Deus. Amém.
Felicidades, Claudinei M. Oliveira.

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