Comentário (1ª leitura, 9/7, 6ª feira - 14ª.semana Tempo comum) Oseias 14,2-10)
Não chamaremos mais 'deuses nossos' a produtos de nossas mãos
[ Evangelho: Não sereis vós a falar mas sim o Espírito do vosso Pai.Mateus 10,16-23 ]
Ocorre em todos os livros bíblicos: também nos Profetas, aponta-se no início e no final para a Esperança. Esse cap.14 (conclusão de Oséias) traz como palavras-chaves “conversão”, “retorno” e “cura”. Após tudo o que sofreu dentro de casa e em sua pátria destruída, Oséias ao final do livro não fala mais da ruína e da destruição (resultado do distanciamento de Israel em relação aos gestos amorosos de seu Deus). Conversão, afinal, resume-se na percepção do que está dito no verso 4: não vamos nunca mais adorar como deuses o que é afinal é produto de nosso artesanato (hoje talvez diríamos: resultado de nossa tecnologia tanto manual como eletrônica ou digital). Deus continua sendo Deus. O ser humano, apesar de capaz de construir obras maravilhosas com sua inteligência e sua imaginação tem de procurar a cura de sua maior doença: o esquecimento da própria origem e filiação divinas (não somos filhos de escravos). Sem a cura desse mal o homem vive não apenas na infidelidade (= falta de fé mesmo – nem precisamos falar aqui de religião!). O pior de tudo é viver sob o domínio da Perversidade (simbolizada no verso 5 pela falta de compaixão para com o órfão já que essa era a figura do maior excluído naquela sociedade em que viveu o profeta: sem pai nem mãe, o órfão estava destinado à exploração e à morte. Como aconselha Oséias (verso 3) digamos ao Senhor: livrai-nos do mal. Para que encontremos o bem: nossa cura. E confiemos sempre naquele que olha por nós (verso 9) mesmo quando somos perseguidos ou acusados no tribunal – como nos lembra o evangelho de hoje. Afinal, o Espírito habita dentro de nós e fala por nós (é bom lembrar... !!!)
[prof.Fernando SM – Rio email=fesomor2@gmail.com]
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