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15 de dez. de 2011

Caná - “Primeiro milagre de Jesus” – Claudinei M. Oliveira




                 
Sábado, 07 de Janeiro de 2012
Evangelho:   Jo  2, 1-11

            Jesus está numa festa de casamento e acabou  a bebida. Isto mesmo, os noivos não tinham mais o que oferecer para alegrar os convidados. Percebendo que algo deveria ser feito, a mãe de Jesus pede sua intervenção, ou seja, chegou a hora de colocar em serviço. Ele não se esquiva e num gesto de fraternidade transforma água pura em vinho fino  de excelente qualidade. Ao provar o saboroso vinho o mestre de cerimônia volta-se para o noivo e afirma: todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Vocês, porém, guardou o vinho bom até agora.
            Este Evangelho é de um simbolismo relevante. João descreve no primeiro capítulo o projeto da criação. Em Gênesis encontramos os sete dias da criação do mundo e da humanidade. João descreve em formas de sinais. A festa foi o terceiro sinal que aconteceu  no terceiro dia da semana que significa três dias após o quarto dia, isto é, no sexto dia.  Foi no sexto dia que Deus criou a humanidade de acordo com Gênesis (1, 26-31), portanto, o primeiro sinal realizado por Jesus mostra o surgimento da nova humanidade, ou seja, o grupo daqueles que aderem a Jesus pela fé. (ver O evangelho de João, de José Bortolini).
            O milagre da transformação da água em vinho representa o trabalho incessante da Criação. Quando percebe-se que a caminhada precisa de mudar de direção para acolher os caminhantes com mais aconchego nada poderá impedir. Estar preparado para intervir no momento certo e, na intervenção conquistar a confiança e sabor da novidade. Provocar admiração e suscitar o interesse pela continuação do belo e prazeroso.
            Além de mostrar o surgimento da humanidade o evangelista João apresenta os dogmas sendo quebrado. Quando Maria pede ao filho que faça alguma coisa para alegrar a festa, Jesus responde num tom diferente: mulher, minha hora ainda não chegou. Por que Jesus chama sua mãe de mulher. Sendo que  correta seria voltar-se para sua mãe. Entretanto, a opção de chamá-la de mulher  era para mostrar que a submissão e o desprezo da mulher tinha chegado ao fim. A sociedade machista que rotulava e descriminava a mulher não poderia persistir. Somente o marido poderia chamar a companheira de mulher. Assim, a arrogância do homem sucumbiu diante da fala de Jesus. Ao acatar o pedido de Maria, mulher e mãe, Jesus estava libertando a opressão feminina e convidando os homens para novas práticas e atitudes. Não somente Jesus fez o que Maria pediu como também os subordinados da festa ao receberem a ordem de Maria para fazer tudo o que Ele (Jesus) pedir.
            O casamento de Caná  na Galiléia também é  simbólico. Caná significa adquiri ou convergir para si. Jesus vai adquiri um povo para si que no passado fez a aliança com o Senhor.  Sempre no casamento há aliança entre o noivo e a noiva. São juras de amor para a eternidade. Todavia, o noivo é Jesus  que renova a aliança com seu povo. Quer o comprometimento para sempre na aliança feito na festa onde sua mãe estava presente.
            O vinho representa o amor, coisa que faltava no povo da antiga aliança. Quando Maria não vai ao organizador da festa, mas a Jesus fala: eles não têm mais vinho, significa que acabou o amor do povo antigo com Deus e com os irmãos. Era necessário renovar o amor entre eles e somente Jesus tinha este poder de voltar-se para sim comprometimento do amor.
            Quando se lê no Evangelho a frase: havia aí seis potes de pedra de uns sem litros casa um,  que serviram para os ritos de purificação dos judeus, esta relacionando o coração de pedra dos povos. Coração duro que não tem mais amor para com outro e esconde a beleza da harmonia e da paz. A dureza do coração não permite que a palavra de Jesus seja ouvida e aceita. Ademais os potes estavam vazios e não tendo nada para oferecer. O que pode oferecer um algo vazio? Nada além do incômodo. Já a purificação dos judeus mostra a frieza da relação entre o povo e o Senhor, que para agradá-lo deveriam purificá-los na tentativa da conquista da confiança.
            Ao encher os potes de água para a transformação em vinho a mudança não acontece dentro deles, mas fora. Assim também deve acontecer a transformação na vida das pessoas. Antes mesmos de clamar a Deus, faça sua parte primeiramente, para que, quando chegar o dia da celebração da festa com o Senhor, tudo já está pronto e renovado.
            Portanto, o mestre-sala que representa a instituição da morte, chama atenção dos noivos quanto a qualidade do vinho ao servir. Na ótica do mesmo, o melhor vinho serve primeiro, depois, quando convidados estiverem embriagados das injustiças e da violência, serve-se o pior. Como estarão bêbados, não vão mais sentir o gosto estranho, estragado e podre do dono da festa. Jesus faz ao contrário, serve o melhor vinho por último, assim, deve ser o amor, primeiro vem o trabalho, depois a recompensa da vida eterna.  A partir desta festa e deste primeiro milagre formou-se multidões a seguir Jesus amor e libertação.
Felicidades, Claudinei M. Oliveira.

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