Lucas 2, 41-52
Bom dia!
E acabou o ano...
Quem dera Deus que toda criança ou jovem que se perdesse fosse encontrada numa igreja... Na verdade, mas ao contrário, muita gente anda propagando a idéia que uma pessoa se perde quando é encontrada numa igreja. (hunf)
Alguém que ama ver apenas os erros das pessoas poderia ler esse evangelho sob a ótica da falta de zelo de Maria e José ao perder Jesus em meio a caravana que partia, mas esquecem que esse menino desde cedo parecia ser orientado por algo divino. Não creio que Jesus fez uma traquinagem, mas parecia estar seguindo algo dentro de si que começava a pulsar e incomodá-lo: a vontade do Pai. "(...) Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai? ".
Temos um pais que sua grande maioria pessoas que acreditam e dão importância Deus (quase 90%), em contrapartida a França está em "primeiro lugar" com 39% da população de descrentes, seguida da Suécia em "segundo lugar", com 37%, e da Bélgica, com 36%. Coloquei propositalmente a colocação entre aspas, pois não vejo mérito nenhum nesse pódio.
Claro e evidente que cada um tem o direito (direito internacional) de acreditar no que quiser e ser respeitado, mas é preocupante o índice crescente desse que não acreditam. Mas em que sentido? Será que estamos fazendo nossa parte direito? Será que nossa parte consiste apenas em catequizar as pessoas sem ter que mudar de fato?
Qual é a vontade do pai? Qual seria essa vontade de Deus a qual Jesus foi chamado?
"(...) Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; E ENVIOU-ME PARA ANUNCIAR A BOA NOVA AOS POBRES, PARA SARAR OS CONTRITOS DE CORAÇÃO, PARA ANUNCIAR AOS CATIVOS A REDENÇÃO, AOS CEGOS A RESTAURAÇÃO DA VISTA, PARA PÔR EM LIBERDADE OS CATIVOS, PARA PUBLICAR O ANO DA GRAÇA DO SENHOR. E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir". (Lucas 4, 17-21)
Uma pesquisa recente (publicada pela revista EXAME) feita pelo instituto internacional LEGATUM apontou os dez países mais felizes (sob alguns critérios e dentre os 10, nós não estamos lá) do mundo. Eles levaram em conta o acesso à educação e a saúde básica, a liberdade política e religiosa, estabilidade financeira, nível de emprego, poder aquisitivo, grau de burocracia, facilidade de abrir seu próprio negócio, número de casamentos e divórcios, dentre outras, onde a Noruega é o top
Catequizar é a primeira das missões que temos que fazer, mas a luta pela igualdade de condições para as pessoas TAMBÉM É. Muita gente deixou de acreditar em Deus, pois parou de acreditar no ser humano e cada vez mais pensa em si mesmo e não nos outros.
Olhar pessoas no chão dos pronto-socorros morrendo e preferir assistir jogo do time na sala de repouso deve nos indignar (campanha da fraternidade 2012); ver o portador da lei se vendendo e mandando o inocente para cadeia; o policial que se alia ao criminoso do morro também não os orgulha... Talvez sejam bem menos os que de fato acreditam em Deus.
Isso é motivo para deixar de acreditar em 2012? Não!
Infelizmente muita gente fica torcendo para que o mundo acabe e o tal do Nostradamus, ou astecas ou maias estejam certos, mas eu prefiro ver de outra forma...
Nós ainda temos um povo cristão que mais teme (respeito) a Deus; o povo que é o nono mais feliz do mundo no que se diz a estar feliz com que tem e com a preservação do meio ambiente ao seu redor (prefiro dizer o povo que preserva o paraíso), onde essa mesma Noruega esta em 88º lugar. Um povo que crê em Deus e é feliz, contrapondo-se a "feliz" França que vive em guerras internas por desrespeito aos imigrantes, ao aposentado, aos diferentes e que preferem não crer em nada.
Sim! Eu vejo o lado bom das coisas... Maria não perdeu Jesus em meio à multidão, tudo era parte de um grande e meticuloso projeto divino do qual sou um dos 89% que acreditam e são felizes.
Feliz 2012 para todos!
Um imenso abraço fraterno.
Alexandre Soledade de Paiva Ramos
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