13 de janeiro
Evangelho Marcos 2, 1-12
" Um perdão que escandaliza..." -Diácono José da Cruz
A Comunidade Judaica acreditava no perdão Divino dos pecados, mas era um perdão sempre reservado aos justos e piedosos observadores da Lei de Moisés, ou seja, se quisermos entender na linguagem de hoje, era um perdão dado a quem merecia e a ele fazia jus. Podemos dizer que é um perdão condicionado, igual aquele que muitas vezes damos a um filho, ao esposo ou esposa, quando pensamos ou até dizemos "olha, DESTA vez eu te perdôo"
Acreditar em um Deus assim, manifestado em Jesus Cristo, cuja relação para com os homens é marcado sempre pela gratuidade e incondicionalidade, é uma questão de Fé, hoje quase ninguém duvida da existência de Deus, porém, acreditar e se relacionar com um Deus totalmente amoroso e misericordioso, que nunca impõe mas que propõe, que nunca obriga mas convida, são poucos os que crêem.
Nossas comunidades são, ou deveriam ser sempre, um reflexo desse amor de Deus, igualmente nossas famílias, onde as relações de amor fraterno sabe sempre perdoar e ser paciente com os irmãos. Para atingir esse ideal de Vida Cristã é sempre preciso superar muitas barreiras, subir em altos telhados, fazendo a experiência de Jesus em nossa vida.
Viver em comunidades cristãs nos dias de hoje é um grande desafio, justamente porque essas duas coisas são a essência que marca as nossas relações: gratuidade e alteridade, pois o mundo da pós modernidade nos direciona e impulsiona ao egocentrismo, mesmo n o âmbito religioso sofremos essa forte influência.
Por esta razão Jesus elogia a Fé daquela comunidade, que é capaz de enormes sacrifícios para levar cada pessoa a essa experiência pessoal com Jesus Cristo, a cura da enfermidade e o perdão dos pecados é consequência disso. O pecado do egoísmo nos faz paralíticos porque não nos deixa caminhar com os irmãos e irmãs. O perdão, a misericórdia e o amor Divino, que experimentamos na relação fraterna, nus cura e nos liberta de toda e qualquer paralisia.
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