Quarta – feira, 04 de Janeiro de 2012
Evangelho: Jo 1, 35-42
João aponta Jesus para os dois discípulos dizendo: “Eis aí o Cordeiro de Deus”. Os dois homens seguiram imediatamente o mestre que tanto procurava. Pois estar do lado daquele que tanto João falava com muitas propriedades era privilégio relevante. Seguir o mestre era sinônimo de aceitação das doutrinas e apego severo aos ensinamentos da libertação. A oportunidade estava ali na frente, não tinha como deixar escapar a chance de viver e conviver com o Filho de Deus.
A sorte dos homens que estavam com João contou muito, pois bebiam na fonte limpa das palavras que propunham um novo céu e uma nova terra Encontraram o caminho do bem que proporcionaria felicidade e justiça. Agora com o Cordeiro que obedece as lições do Criador e vai para o matadouro com o objetivo da libertação, pois cumprira a missão de elevar a fé e a crença no Deus presente e transformador, os homens perfazem a trajetória que todos deveriam percorrer.
Jesus volta-se para trás e pergunta: o que vocês estão procurando? Os homens respondem: Rabi (que quer dizer Mestre) onde moras? Jesus respondeu: venham, e vocês verão. Na verdade os homens estão procurando maneira de intimidade maior com Jesus e para eles, saber onde Jesus morava construiriam laços de amizades profundas, mas ao segui-lo descobriu-se que a morada de Jesus é o mundo, Jesus não tem uma casa própria com portas e janelas. Jesus tem o mundo como sua casa, pois aonde chegava era bem recebido. No aconchego do lar do povo descansava, alimentava e pregava. Jesus era bem acolhido entre os pobres. Tinha certa admiração e apreço pelos irmãos que carregavam fardos pesados a fim de contentar os donos do poder.
Assim, seguir Jesus é despojar-se de todo comodismo, alimentar da graça de Deus sempre fazendo a prática da justiça e do bem e não apegar com a morte dos bens matérias que impedem o reconhecimento de Cristo. O exemplo dos homens que não olharam para trás e nem buscaram seus pertences para caminhar na estrada com Jesus de Nazaré é a certeza de que muitas coisas devem mudar na vida do cristão. É preciso apaixonar-se pela luta dos oprimidos e não ser um devaneio fugaz, mas ser missionário engajado e comprometido com as causas da renovação do homem descrente, haja visto, que João nos seus escritos trata de homens maduros que discernem por si próprio, não precisam de descortinamentos quanto a pessoa de Jesus.
João Batista foi o grande testemunho da eficácia das palavras do Messias. Reconheceu nas ruas o Cordeiro capaz de provocar admiração e transformação. Isto só foi possível porque acreditava na vinda do Filho do Homem e tinha muita fé e apontou para outros seguirem o caminho reto. O convite ficou protocolado para o homem de hoje: descobrir o Messias no meio de tantos, mas o Messias correto, verdadeiro, aquele que dá nome e reconhece o esforço do servo fiel. Portanto, procuramos as coisas boas do mundo para abraçar a felicidade do Cristo Vivo. Amém!
Felicidades, Claudinei M. Oliveira.
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