“Amai os vossos inimigos e rezai porque aqueles que vos perseguem”, é o que Jesus nos ordena.
No Evangelho de hoje, Jesus nos apresenta o amor perfeito. Aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: «Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu». Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.
Às vezes confundimos perfeição com perfeccionismo. Acreditamos que ser perfeito é fazer tudo muito certo para não dar margem a que outras pessoas nos julguem. Neste Evangelho Jesus vem nos ensinar que ser perfeito é procurar viver de acordo com a condição de filhos do Pai que nos criou para sermos conformes à sua imagem e semelhança. “Assim como o Pai faz nascer o sol sobre maus e bons, sobre justos e injustos”, nós somos chamados, a imitá-Lo e, por conseguinte, aprender com Ele a perdoar, amar, acolher e aceitar o nosso próximo, do jeito que ele é, mesmo que ele esteja fora dos nossos padrões.
A perfeição, portanto, é a vivência do amor de Deus em todas as situações da nossa vida e com todas as pessoas e não somente, como aqueles a quem nos é apreciável e fácil fazê-lo. Somos parecidos com o Pai quando vivenciamos o Seu Amor em todos os nossos relacionamentos, pois Deus ama incondicionalmente ao maior pecador. “Amai os vossos inimigos e rezai porque aqueles que vos perseguem”, é o que Jesus nos ordena.
Aos olhos humanos o que Jesus nos ensina neste Evangelho é um verdadeiro contra-senso, pois, na maioria das vezes, nós damos o primeiro lugar na nossa vida às pessoas de quem mais gostamos; só oramos por aqueles nossos mais queridos; só cumprimentamos a quem simpatizamos; só ajudamos às pessoas que podem nos recompensar; gostamos sempre de permanecer no grupo perto das pessoas com quem mais nos identificamos e assim por diante!
As outras pessoas são como ilustres desconhecidos para não dizer inimigos, porque estão fora do nosso convívio. Precisamos primeiramente e com urgência refletir a fim de descobrirmos quem são os nossos “inimigos”, quem são aqueles que nos estão “perseguindo” e se estamos rezando por eles.
Às vezes, os nossos inimigos e perseguidores estão muito perto de nós e até dentro da nossa casa e simplesmente porque não simpatizarmos muito com eles esquecemo-nos também de rezar e pedir a Deus por eles. Conscientes disso, todavia, sabemos que a graça e o poder do Pai são bastante para que nós possamos cumprir com a ordem que Jesus nos manda cumprir.
A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!». Através da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo”, seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente
Por isso, a partir de hoje, nós podemos começar a “ser perfeitos como o Pai” e obedecer a Sua voz rezando pelos nossos inimigos como se eles fossem “as pessoas melhores do mundo”.Meu irmão, minha irmã vamos refletir:Quem são os seus inimigos? Você os ama e ora por eles? Qual é a sua atitude para com aqueles que o perseguem?
Amém
Abraço carinhoso de
MARIA REGINA
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