20 DE JULHO
Evangelho - Mt 12,46-50
”Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
Como sabemos, a vontade do Pai é que nos amemos uns aos outros. Ajudando, perdoando, colaborando, emprestando sem nos preocupar com o retorno, nunca prejudicando ninguém, sem fazer política de congelar alguma pessoa, sem passar os outros para traz, em fim, sem fazer nada daquilo que assistimos no cinema, nas novelas, no teatro, que nada mais é do que a retratação do que acontece na vida real no dia a dia.
Como é duro fazer a vontade do Pai! Um dia em seu sermão um padre disse que geralmente quando as pessoas vão ao confessionário, a preocupação número um é com os pecados da carne, ou seja, o comportamento sexual. Esquecendo-se de que a caridade é muito mais importante. Discutimos com a esposa, com a sogra, com o vizinho, e depois estamos na fila da comunhão. Dependendo do tipo da discussão, se foi apenas reclamação sobre algum tipo de injustiça, até podemos comungar. Porém, se nos colocamos em posição de ofensas, desabafos de rancor, ameaças, graves ofensas verbais ou mesmo predisposição para brigar, sem que a outra pessoa tenha sido injusta, precisamos rever os nossos valores, nossos conceitos de pecado, precisamos consultar um sacerdote.
Muitos de nós já presenciamos cenas de discussões carregadas de ofensas sérias por ambas as partes, e em seguida, todos na fila da comunhão.
Onde queremos chegar? Estamos tentando colocar aqui neste comentário, que nos esquecemos sempre de que a falta de caridade é o pecado mais grave depois da falta de fé. E geralmente passamos por cima disso, com a desculpa de que estamos corrigindo, educando, apenas dando ordens na administração da empresa, da escola etc. E o que acontece é que na verdade, ofendemos e magoamos gravemente as pessoas que às vezes não têm nenhum poder de fogo para nos enfrentar.
Não estamos querendo afirmar que os pecados da carne, não têm nenhuma importância para a nossa salvação. Nem tampouco queremos com estas palavras dizer que a promiscuidade está liberada.
Caríssimos. Vamos prestar mais atenção na nossa conduta para ver nos mínimos detalhes, se não estamos faltando com a caridade começando com os nossos familiares, na escola, no emprego, na rua, no trânsito. Etc.
Sal.
CONCLUSÃO:
Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida. (CNBB)
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