Quinta - feira, 22 de março de 2012
Evangelho: Jo 5, 31-47
No Evangelho de hoje converge Jesus no tribunal diante dos julgadores. As testemunhas evidenciam as práticas de Jesus, mas são recusadas pelos acusadores. Não aceitam compreender a necessidade da conversão afim da construção do novo reino. Para as autoridades religiosas o seguimento conquistado já basta, por isso discordam do anunciador da verdade Jesus e enxergam na pessoa do Filho do Homem um aproveitador que não passa de um espertalhão.
Por trás da arrogância dos religiosos de Jerusalém está o medo da perca dos privilégios. Para assegurar tal privilegio os sabedores tinham que manipular o povo e tê-lo no colo e não deixar escapar nada das posses. O povo alienado não tinha condições de atentar para seus direitos. O proposto para o povo era o dever obediente, não podendo questionar suas ordens e acatar tudo o que era direcionado.
Jesus tinha a missão de levar à consciência do povo manipulado certos discernimentos. O pobre coitado não deveria ser marginalizado a exaustão. Por isso que as palavras de Jesus causavam pavor entre os detentores poderosos da cidade grande. O único jeito de fazer Jesus calar era dar cabo da vida do mestre.
Aparentemente no tribunal as testemunhas depõem-se a favor de Jesus. Temos João Batista que foi a luz no deserto, que mostrava para todos a necessidade de se preparar para o encontro com o mestre. Mas fora rejeitado, muitos não ouviram e procuraram silenciá-lo. Este sim falava por Jesus. Não era o Jesus quem estava falando de si.
O segundo a depor, mas foi rejeitado, foi o próprio Pai. Jesus nas suas práticas revela o próprio Pai e a si mesmo. O pai quer o bem de todos, caso rejeita o Filho também está rejeitando o Pai: “a palavra dele não permanece em vocês, porque vocês não acreditam naquele que ele enviou” (Jo 5,38). Como acreditar no senhor se não acredita no filho, seu enviado?
Por último a depor são as Escrituras, mas os religiosos mais uma vez recusa, pois estão a procura da própria glória. Então Jesus afirma: “como é que vocês poderão acreditar se vivem elogiando uns aos outros, e não buscam a glória que vem do Deus único? (Jo 5,44).
Contudo os religiosos recusam o próprio Filho do Altíssimo, mas usam a religião e a Bíblia para manter seus privilégios e o prestígio diante do povo.
Esta atitude reveste a perversidade dos religiosos. São altruístas demasiados para apossar de doutrinas que salva a favor de si, mas não revela transformação no âmbito social para o povo. Este permanece isolado do bem-viver, contentando-se com as sobras.
Contudo, devemos ser testemunhas de Jesus na missão evangelizadora. Olhar para o horizonte e descortinar vidas igualitárias, justiça e paz. Como os profetas de outrora preconizaram a vinda do Messias embasada na Sagrada Escritura, os profetas de hoje devem relevar a Palavra de Cristo. Porém, serem instrumentos fiéis de Cristo na intenção de levar a libertação para os excluídos.
Portanto, somos filhos de Deus que amamos a vida em fraternidade e para tal precisamos da saúde física, mental e espiritual na harmonia com o corpo Assim, saudáveis na missão sempre procuraremos fazer a vontade do Criador na alegria do dever cumprido. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado. Amém.
Abraços. Claudinei Martins de Oliveira.
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