Quarta-feira, 28 de março
Jo 8,31-42
Se o Filho do Homem vos libertar, sereis verdadeiramente livres.
Neste Evangelho, Jesus, através da comparação com o escravo, mostra-nos que a liberdade que ele oferece é a única verdadeira e definitiva. No mundo, as coisas são passageiras, como o escravo naquele tempo que ficava passando de família em família. Jesus não é escravo, mas filho. As obras dele permanecem, como o filho permanece sempre na sua família. Além disso, a liberdade oferecida por Jesus é fruto da verdade, e esta não muda. Mas só conhece a verdade quem permanece na palavra de Jesus: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
A verdade liberta e a mentira escraviza, da mesma maneira que o pecado. Temos de optar entre a verdade e a mentira. O próprio Cristo é a verdade. A mentira é a raiz de muitos pecados, assim como a verdade é a raiz de muitas virtudes.
Jesus declara que a mera descendência natural de Abraão não é garantia de que a pessoa está com Deus. É Cristo que nos estabelece na autêntica linhagem de Abraão, pela fé. Entretanto, para sermos discípulos de Cristo, temos de por em prática a sua palavra.
Abraão é o pai da fé, uma fé não só de cabeça, mas que o levou a jogar a sua vida na direção das promessas de Deus, apesar de não conhecer a fundo essas promessas. Os verdadeiros filhos de Abraão são os que o imitam, jogando-se agora no seguimento de Cristo.
O mundo hoje tenta fazer a cabeça de todo mundo, como um rolo compressor. Essa massificação começa com as crianças, aprofunda-se nos jovens e nestes a massificação já começa a produzir frutos: drogas, sexo livre, gangues... A manipulação atinge também o setor religioso; quem não está firme na Palavra de Deus, não persevera na verdadeira Igreja de Cristo.
É urgente sermos “discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos tenham vida nele” (Documento de Aparecida).
Os mártires testemunhos que o seguimento de Jesus leva à verdade e está liberta a pessoa. Mesmo morrendo, eles são mais livres do que muitos que andam pelas ruas.
Certa vez, um senhor foi ao hospital visitar um amigo que estava internado, muito mal. O amigo estava com balão de oxigênio.
O visitante chegou ao lado da cama e ficou em pé, parado, conversando com ele. Mas não percebeu que havia pisado na mangueirinha do oxigênio, e assim o doente não podia mais respirar.
Logo o doente começou a sentir-se mal e, percebendo a causa, empurrou o visitante para trás. Foi só este se afastar, pronto, o doente começou a respirar normal e recuperou a tranqüilidade.
Existem certos “visitantes” que se aproximam de nós interessados no nosso dinheiro, e não hesitam em destruir a nossa vida, por exemplo, levando-nos ao vício e a outras coisas que matam.
Campanha da fraternidade. O homem foi criado perfeito e viveu assim até descobrir a maldade, que foi a causa da sua deterioração, da sua exclusão da presença de Deus. O desejo desenfreado do lucro, do poder e do prazer gera a violência e traz todo tipo de mal para a sociedade. São fonte de insegurança.
Antigo Testamento nos mostra que fomos criados para a comunhão com Deus e com os irmãos, na vivência concreta do amor e somente a partir deste critério poderemos de fato ter segurança. Somente põe a sua confiança no Senhor aquele que faz a Sua vontade.
Quanto mais perto de Deus, mais livre é uma pessoa. Maria Santíssima era uma mulher livre. Ela não se submeteu aos tabus da época em relação à mulher: falava em público, denunciava, fazia longas viagens... Que ela nos ajude a permanecer e crescer na Palavra do seu Filho.
Se o Filho do Homem vos libertar, sereis verdadeiramente livres.
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