03 de junho
As pessoas não foram procurar o pão. Foram procurar a Deus. O pão, o milagre, foi consequência. Quantas vezes colocamos a nossa vontade e intenção à frente de Deus? Quantas vezes vamos à Igreja procurando o milagre, e não o divino? Queremos Deus apenas se Ele resolver os meus problemas, trazendo-me felicidade espontânea. Não queremos Deus quando está tudo bem com a gente, quando temos que agradecer, ou quando simplesmente precisamos ser Deus para outras pessoas. Nos meus anos de caminhada pastoral, lembro-me muito de um jovem que só ia para a Igreja quando estava em apuros. Desempregado e solteiro, ia ao grupo de jovens. Arranjava um emprego e a missa logo ficava em segundo plano. Namorava, sua presença já nem era mais sentida no grupo de base. Era só perder o emprego ou a namorada, que voltava a freqüentar a Igreja. Que tipo de cristão é esse? Quantos repetem esse ato? Só vão pra Igreja ou pra participar de ritos batismais ou matrimoniais, ou quando perdem familiares. Participar apenas pra ter vivência com Deus, as pessoas se recusam. Fazem da Igreja, sim, um verdadeiro McDonalds - é o self-service em fast food: Reze um terço e recupere seu amado, dê um bom dízimo e seu falecido irá ao Céu, freqüente as missas e arranje um emprego, entre outros... Deus não dá o pão a quem só espera o pão, Deus dá o pão a quem espera a Deus.
Senhor Deus, deixe-nos conhecer-te pessoalmente para que sejamos dignos de poder comungar em sua unidade, amém. (Lincoln Spada)
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