Segunda - feira, 12 de Dezembro
Evangelho – Lc 1, 39-47
"Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?"Isabel sentiu a presença da mãe do Salvador assim que a cumprimentou. Maria trouxe alegria e serenidade para sua prima, já idosa, que carregava em seu ventre o mensageiro do Messias em preparação de sua chegada. A felicidade ficou estampada no olhar admirado de Isabel ao perceber que alguém especial veio de tão longe para visitá-la. Além da visita há um encontro dos meninos ainda no ventre; este encontra, de certo modo, sela a aliança do Senhor com o povo escolhido da antiga Palestina.
Isabel elogia Maria pela aceitação do Espírito Divino em ser mãe do libertador. No elogio de Isabel demonstra a certeza da escolha certa através da fé. Aceitou o desafio de gerar o fruto mais importante, pois, através dele, o mundo conheceria a construção de um Reino sem exclusão, onde o homem poderia viver em igualdade, desfrutando da gratuidade do Criador. A mãe mais abençoada das mulheres engrandeceria por ser a escolhida, não pelo seu mérito de ser mãe, pois ainda era virgem, mas por representar a singeleza e a simplicidade de uma mulher em busca da unidade.
Para tanto, Maria caminhou cento e sessenta quilômetros até a cidade de Judá para ajudar uma grávida que precisava de apoio. A caminhada de Maria é o percurso do cristão. Não há fronteiras e nem percalços para solidarizar-se com o irmão. Demonstra o despojamento e a entrega total em servir, pois em seu ventre estaria Aquele que iria servir todos por amor. Tanto que lutou bravamente contra os homens poderosos para ver seus irmãos em situação mais leve e sem o fardo pesado do cotidiano. Ele morreu brutalmente por aqueles que não quiseram compreender seu projeto, sabia que iria passar por todas as dificuldades com intuito de assentar sua proposta, mas não desanimou. Sabe por que Jesus foi um lutador? Porque tudo começou com sua mãe.
A confirmação do desafio de Maria para gerar o Salvador é marcada por lutas e fugas. Sempre fugindo dos predadores que não aceitariam a vinda do messias, Maria e seu esposo José, tiveram que encontrar refúgio sempre que a ameaça aproximava. Não davam trégua para o mal e nem o mal deixava a família de Nazaré em paz. A luta foi constante, mas valeu a pena.
Entre as lutas para despistar o mal estava o serviço de Maria. Significa que o Reino tem um compromisso com os víveres na fraterna aliança do cuidado com o outro. Quando alguém necessita da aproximação do outro nada poderá impedir. Entretanto, às vezes, fica impossível. Mas neste caso a velhice de Isabel requeria maior cuidado. Mesmo sendo jovem, Maria se dispôs a ajudá-la.
Nesta ajuda há a indicação de João Batista, ainda no ventre, do caminho correto a ser seguido. Tanto que no ventre de Isabel ele manifestou sua alegria transfigurado nas falas de sua mãe à Maria.
O encontro dos meninos, como já citado, sela o encontro da libertação apontado por João, pois, diante de si encontrava o maior Homem entre todos da face da terra. Portanto, Maria finaliza a saudação com uma frase que expressa a total entrega em servir: "A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador".
Enfim, é um convite para nós em desejarmos agradecer sempre a bondade de nosso Deus. Que Maria, mãe pura de coração reto e obediente, nos ensine a sermos exemplo de bondade e solidário com os irmãos por amor e por compaixão eterna, amém.
Que o menino Jesus venha neste natal trazer a fraternidade para seus escolhidos. Abraços, Claudinei M. Oliveira.
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