DIA 22
Evangelho - Mt 7,6.12-14
“ espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele!
Prezados irmãos. Fiquei sabendo de um jovem de muita fé, um verdadeiro missionário, que levava a palavra de Jesus nos lugares mais incríveis, como clubes, escolas, teatros, e até boates, onde ele sem deixar de ser cristão, falava a língua daqueles dos lugares que visitava, e convivia com eles, comendo e bebendo com eles, num trabalho de inculturação. Seu trabalho era elogiado por uns e questionado por outros mais conservadores. Quando era criticado, nas reuniões da sua paróquia, ele explicava o seguinte: Eu me infiltro no ambiente da periferia, falo a língua deles, entro na deles para então depois trazê-los para a de Jesus.
Seu trabalho teve uma pequena interrupção por causa de um acidente de moto, quando depois de uma longa internação para cirurgia na perna, ele foi visitado e assistido constantemente por uma linda mulher que conhecera em um daqueles lugares, uma boate. E naquele estado de dependência física e emocional decorrente do sofrimento causado pelo acidente, ele apaixonou-se perdidamente por ela. Por sua vez, a moça de início mostrou-se altamente interessada em seu trabalho, participou com ele da vida da sua paróquia, como retiros, encontros e outras atividades por um longo tempo. Tiveram uma pequena briga de ciúmes na festa junina da quermesse paroquial, mais fizeram as pazes sem mais problemas. Porém, infelizmente aos poucos houve uma inversão da inculturação. Ele foi sendo arrastado ou levado para o mundo dela: Para a descrença, o desregramento, a libertinagem, as noitadas com embriaguês, e quando caiu em si, ele era um deles em vez de fazê-los ser cristãos. Lamentavelmente, a Igreja perdeu aquele grande missionário altamente preparado para o que desse e viesse. A sua comunidade apesar de hoje estar com muita gente nova que não conheceu o seu maravilhoso trabalho, continua rezando e acreditando em um milagre, que será a sua volta, a sua conversão ainda em tempo de continuar sua missão na Terra.
Conclusão.
Hoje em dia, fala-se muito da questão da inculturação. É inculturação do anúncio, da liturgia e assim por diante. De fato, a inculturação é necessária para que todos possam viver os valores do Reino de Deus. Mas o Evangelho de hoje nos faz uma grave advertência: não atireis vossas pérolas aos porcos. É claro que devemos valorizar todas as formas e expressões de uma cultura e reconhecer os grandes valores que estão presentes na cultura e que expressam os valores evangélicos, mas inculturar o Evangelho não significa submetê-lo aos valores culturais, pois a cultura tende a ver o Evangelho de uma forma ideológica e a usar as suas palavras sem os critérios do Reino, pisando nelas e voltando-se contra nós. (CNBB).
Sal.
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