Os discípulos enganavam-se ao considerar Jesus como um Messias poderoso, disposto a restaurar o reino davídico no seu antigo esplendor. O interesse de Jesus superava a simples reversão da ordem político-social. Na qualidade de servidor, seu intento era recuperar o senhorio de Deus no coração humano, de maneira a começar aí a "revolução" que lhe interessava.
Ele estava destinado a beber não a copa dos reis, e sim, o cálice da solidariedade com a humanidade, destinada à morte por causa do pecado. Cálice de sofrimento, de amargura e tristeza, devido à violência, à injustiça e à maldade humanas. Cálice de dor e de abandono, porque cálice de morte violenta. Cálice bebido num contexto de serviço redentor da humanidade.
Também estava reservado para Jesus um batismo. Não mais de água, e sim, o de sangue a ser derramado na cruz. O batismo conclusivo do sua missão, diferente do batismo simbólico no Jordão, no início de seu ministério. Batismo em função dos pecadores a serem redimidos pela cruz.
Nisto consistia a glória de Jesus: servir como Servo sofredor, desprovido de grandezas humanas, mas revestido da glória concedida pelo Pai ao Filho fiel.
Prece
Espírito de redenção, faze-me compreender o ideal de Jesus: fazer-se servidor da humanidade, sem se deixar contaminar pela vanglória humana.
( Pe. Jaldemir Vitório)
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