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27 de mai. de 2010

JESUS E A FIGUEIRA SEM FRUTOS


Jesus é tão divino que se tornou humano; é tão humano que se tornou divino!

No evangelho de hoje, o apóstolo Marcos, procura apresentar Jesus como ação de Deus na terra, o realizador de obras e milagres, mas que não deixa de ser humano e participativo na vida das pessoas. O Evangelho de hoje, revela-nos a divindade de Jesus e a sua humanidade.
A divindade de Jesus consta naquilo que ele é, isto é, o filho amado do Pai, o prometido pelos profetas, o novo rei de Jerusalém, o Deus encarnado, o Deus conosco e etc. Pelas suas grandiosas obras, ele é aclamado pelo povo de Jerusalém e recebido com ramos de Oliveira, em cima de um Jumento.
O Jesus humano é aquele que se relaciona, vive, come, anda, participa na vida social dos homens. É por meio dessa relação, que Marcos deseja apresentá-lo para sua comunidade e para a nossa comunidade hoje. O uso de muitos verbos no texto, que dignam ação, comprova a sua participação (participa-ação) constante na vida do povo judeu e samaritano.
Jesus é tão divino que se tornou humano; é tão humano que se tornou divino! Ele entra no templo e vê casa de seu Pai, um lugar de oração, como lugar de comércio e de exploração.

A sua reação, ao expulsar os comerciantes de lá, é divina e humana. A atitude dos comerciantes e das autoridades religiosa no templo é comparada com a figueira, a qual ele amaldiçoou por não produzir frutos.

O templo não está sendo utilizado para orar e, sim, para explorar o povo simples e pobre de Jerusalém.
Jesus alerta a Pedro e aos outros discípulos a necessidade de ter fé em Deus. Aquele que não faz uma oração confiante, deixando de amar os próprios devedores, sem pedir a graça de Deus o perdão dos pecados, torna-se como a figueira narrada no início do Evangelho, que não produz fruto e que vai se ressecando por dentro é chegar à raiz, ou seja, o alicerce da vida.

Em nossa realidade, percebemos que muitas pessoas não têm tempo para contemplar a manifestação de Deus em suas vidas. A exigência com os trabalhos, o enorme interesse pessoal que visa o lucro e o gasto, a falta de querer aprender e de conhecer a realidade, afastam-nos do projeto de Deus e principalmente do cuidado com a vida social.

Hoje, fala-se muito que as pessoas estão abandonando Deus. Qual será o motivo e razão desse abandono? Será que o abandonam porque tudo está mais fácil de conquistar sem a sua ação? Ou o próximo é quem está abandonado? Evidentemente, quem abandona Deus é porque já abandonou o próximo. Mas, Deus não nos abandonou. Ele nos enviou aquilo que ele tinha de mais de precioso: o seu Filho amado, o nosso Redentor.
Fazer da igreja, templo sagrado de Deus, um lugar de exploração, ou até mesmo explorar o nosso próprio coração, um lugar onde ele possa habitar, é negar a sua participação em nossa vida de relação com os outros. Tornam-se uma figueira, que não produz frutos, as atitudes que desviam do caminho do bem, do desenvolvendo de uma sociedade humana e santa.

Amar de fato Deus é comprometer-se com as suas coisas e com o próximo.

Amém.

Abraço carinhoso,

Profª MARIA REGINA

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