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24 de mai. de 2010

O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER

A cura do cego Bartimeu conclui essa parte exigente do drama do Evangelho de Marcos, assim como a cura do outro cego (8,22-26) concluiu os capítulos de "pão e cegueira". Em contraste com o primeiro cego, trazido a Jesus por outros (8,22), Bartimeu põe-se a gritar por iniciativa própria: "Filho de David, Jesus, tem compaixão de mim!". O título que dá a Jesus, "Filho de David" indica que ele, mendigo, apesar de cego, vê quem Jesus é com mais clare­za do que os discípulos e a multidão que têm estado com Jesus o tempo todo! A expressão - Filho de Davi refere-se a esperança secular do povo de Israel, de que Deus enviaria um Salvador . E aquele homem, embora cego, percebeu, pela luz do Espírito de Deus, que Jesus era a realização desta esperança. Foi por isso que o cego tinha toda certeza de ser curado, de ser atendido pelo Filho de Deus.

Embora algumas pessoas tenham tentado fazê-lo calar-se, o cego não desistiu. Ele se levanta estende os braços e grita insistentemente, como deveríamos fazer em nossas orações diárias. Pedir com insistência e muita fé. E, porque insistiu, ele conseguiu. Jesus manda os discípulos chamá-lo para mais perto. Bartimeu responde com grande entusiasmo e vem até Jesus. É a única pessoa no Evangelho de Marcos que chama Jesus de "Rabúni". Quando o cego chamou Jesus de Rabbuni, ou seja "meu Senhor", demonstrou toda sua confiança e fé. E foi esta fé que o salvou. (Esta maneira especial de dirigir-se a Jesus aparece no Novo Testa­mento apenas aqui e em Jo 20,16, quando Maria de Mágdala encontra Jesus ressuscitado perto do túmulo vazio.)

No Evangelho de Mateus, a história paralela tem dois cegos que pedem a ajuda de Jesus; e, mo­vido pela compaixão, Jesus lhes tocou os olhos (Mt 20,33-34). Aqui, na versão de Marcos do incidente, Jesus não precisa tocar Bartimeu. Nem mesmo pre­cisa dizer "A tua fé te salvou!" (como Lucas traz, em 18,42), porque o grito e as ações de Bartimeu revelam sua profunda fé. Jesus é seu mestre! É exa­tamente essa profunda confiança em Jesus que Marcos quer evocar dos destinatários cristãos de seu Evangelho.

Quando o cego recebeu imediatamente a visão e começou a seguir Jesus "pelo caminho", Marcos apresenta uma suave transição para a parte seguinte do Evangelho (isto é, o fim da estrada, Jeru­salém e o calvário, caps. 11-15). Mais importante, entretanto, é que ele oferece a sua comunidade a esperança e o exemplo encorajador desse discípulo primitivo de Jesus (a frase "seguir Jesus pelo cami­nho" era designação comum para o discipulado na Igreja primitiva). Conseqüentemente, depois que Marcos apresenta os ensinamentos bastante difíceis de Jesus sobre a atitude cristã para com o divórcio, a riqueza e a ambição (antes, no capo 10), essa história de milagre e discipulado torna-se o chamamento com novo ânimo de Marcos aos leitores cristãos em sua situação, em seu caminho da cruz.

O pior cego é aquele que não quer ver. Aquele cego enxergou com a alma, ou com o cérebro? Ou com os olhos da fé? Não sei. Só sei que foi através da luz do Espírito de Deus, que o fez ver, enxergar Jesus, O Messias, o próprio Deus encarnado, capaz de tudo, inclusive de curá-lo. As pessoas que rodeavam O Mestre, não tinham percebido com a mesma clareza, que Jesus era o enviado do Pai. É a cegueira da alma, a mesa que impedia os fariseus de ver Jesus como o Filho de Deus. É a mesma cegueira que impede muitos de nós de ver Jesus caminhando do nosso lado, ou nos chamando para segui-lo. É a mesma cegueira que nos impede ver Deus na chuva, na luz do Sol, nas nuvens, no verde das árvores, no cantar dos pássaros, no irmão, principalmente aquele que nos estende a mão e com a voz rouca de fraqueza, nos pede uma moeda, por vergonha de pedir o suficiente para comprar um prato de comida para matar a sua grande fome. E pode ter certeza! Foi o próprio Jesus que te estendeu a mão! Não o ignore, não o condene a passar mais umas horas com a sua terrível fome, para que você não seja também ignorado ou condenado um dia.

Sal

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