A figueira sem frutos.

28 de maio

Parece tão lógico esperar uma fruta de uma árvore, quando ainda não é tempo. Na verdade, Jesus está tentando ensinar algo muito específico. Figueira, com folhas bonitas, mas sem qualquer fruto da fé, especialmente o templo. O culto é feito é apenas folhas simples: orgulho muito espectacular e solene no sacerdotes que se dedicam.

A própria imagem da folha da árvore, mas sem frutos, uma figueira com folhas, chama a nossa atenção, é um forte apelo tanto para cada um de nós e nossas comunidades. Se os frutos da verdadeira oração, justiça e dedicação ao próximo estiverem ausentes, o templo, o culto, as cerimônias, os padres, não fazem sentido.

E Jesus, fazendo uso de sua autoridade messiânica, pretende devolver ao templo e ao culto sua verdadeira dimensão. Com a citação profeta Isaías enfatiza a universalidade da igreja como uma casa de oração para todos os povos. A verdadeira adoração de Deus requer o testemunho do amor na vida diária e a renúncia do próprio egoísmo.

É de se admirar o poder de Jesus no lugar mais sagrado do seu povo Israel? O templo de Jerusalém perdeu sua identidade como uma casa de oração, porque eles se tornaram um covil de ladrões.

A comunidade cristã, como o novo templo de Deus, deve ser caracterizada por uma fé sem reservas, que se expressa numa oração confiante e se traduz em uma vida de comunhão fraterna.

As comunidades de Pedro dão uma boa lição para os cristãos de hoje. Uma conduta cristã que não tem nenhum impacto na sociedade é um sinal de que tem se deixado arrastar pela onda daqueles que não se organizam suas vidas de acordo com as exigências do Evangelho. O pior que pode acontecer a nós como seguidores de Jesus é que o fato de nosso comportamento não dizer nada a ninguém, que não oferece qualquer alternativa para o mundo descrente, ímpio e injusto que nos cerca. "Caríssimos, não estranhem a dureza destas palavras."

Pe. Carlos Latorre, Claretiano.