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25 de mai. de 2010

JESUS CURA E PURIFICA O LEPROSO

25 DE JUNHO

Evangelho - Mt 8,1-4

Se queres, tu tens o poder de me purificar.

O Evangelho diz-nos que, em Jesus, Deus desce ao encontro dos seus filhos vítimas da rejeição e da exclusão, se compadece da sua miséria, estende-lhes a mão com amor, liberta-os dos seus sofrimentos, convida-os a integrar-se na comunidade do “Reino”. Deus não pactua com a discriminação e denuncia como contrários aos seus projetos todos os mecanismos de opressão dos irmãos.

“Estendeu a Mão e Tocou-o”

Não há dúvida de que ninguém em seu perfeito juízo diria hoje que um doente é um marginalizado, um impuro que não merece em absoluto a atenção de ninguém. Hoje todos, governos, partidos políticos, associações do mais variados interesses, defendem que a pessoa doente precisa da atenção da sociedade, mais sempre mantendo todos seus direitos intactos. Deve-se tratar da pessoa doente com o devido cuidado, especialmente no caso em que a doença seja contagiosa, mas nada mais.

Nas leituras de hoje fala-se de uma doença, a lepra, que no tempo de Jesus era considerada algo mais que uma doença. A lepra, na prática, como qualquer doença grave da pele na época, supunha ser a pessoa socialmente impura e tinha como conseqüência a marginalização, a exclusão social. A pessoa leprosa era maldita e perdia seus direitos sociais. Como diz o livro do Levítico, “enquanto estiver leproso, seguirá impuro; viverá sozinho e terá sua morada fora do acampamento”.

Segue-se tendo marginalizados

Temos melhorado muito nestes anos. Tem mudado a consideração que nos merece a doença. Tem mudado para valer? Teria que passar da teoria à prática social. Não segue supondo uma verdadeira marginalização social a doença mental? E que se poderia dizer da AIDS? Não segue existindo o preconceito?

Não se trata só da doença. Há outras “condições” sociais da pessoa que a condenam a uma situação de marginalização, que lhe impedem de se desenvolver como filho ou filha de Deus, que lhe condena à exclusão, a ter “sua morada fora do acampamento”. Este mundo segue, desgraçadamente, sem ser a casa de todos. Segue-se discriminando as pessoas por razão de seu sexo ou tendência sexual, de sua nacionalidade, de sua raça, de sua cultura, de sua idade, de sua origem social...

E poderíamos seguir porque uma das coisas que gostamos mais é de impor barreias às pessoas, marcar limites, assinalar fronteiras e dizer “aqui estamos os bons, os de lá são os maus, os que não têm direitos, os que não são como nós”. E marginalizamos e deixamos fora. Levados pelo preconceito contra o que é diferente.

O Evangelho de hoje nos relata a cura milagrosa de um leproso. Podemos entender esta cura como mais um milagre de Jesus. Jesus era Filho de Deus e tinha o poder de fazer milagres.

O milagre do Evangelho de hoje nos quer demonstrar mais uma vez mais seus poderes divinos. Mas o relato deste domingo nos diz algo mais. Porque o leproso não é um doente a mais. O leproso que se aproxima de Jesus é um marginalizado, é um expulso da sociedade. Tanto como pode ser hoje um drogado, por exemplo.

Tocar: uma maneira de salvar

Se Jesus representa a vontade de Deus para nós, seu encontro com o leproso nos fala de como deve ser nossa forma de se relacionar com os demais. Jesus não se deixa levar pelos preconceitos. Faz o milagre e lhe salva da lepra. Cura-lhe e, ao fazê-lo, o integra de novo na sociedade. Mas faz algo mais. Porque Jesus cura a distância. Jesus não se situa do lado dos bons e convida o leproso, ao lhe curar, para passar a barreira que o separava. Jesus faz exatamente o contrário. Jesus aproxima-se do leproso. Jesus faz o que não deveria ter feito nunca um rabí. Esse é o ponto central do relato: “estendeu a mão e tocou-o”.

Nesse momento Jesus deixa a sociedade “boa” e se situa do outro lado da fronteira. Faz-se ele mesmo impuro. Isso era o que significava naquele mundo judeu “tocar” um leproso. Jesus, o Filho de Deus, faz-se marginal a si mesmo para salvar aos marginalizados. Não é de estranhar que o povo se surpreendesse ante a forma de se comportar de Jesus. O Deus de Jesus era diferente, era novo, era único. Tocava e salvava. Não se encontrava no Templo senão nos caminhos, próximo dos que sofriam, próximo dos oficialmente maus. Fazendo sempre presente o amor e a misericórdia do Pai.

Deus segue sendo encontrado em nosso mundo. Está para além das fronteiras, nas margens. Do lado dos que sofrem, dos que são excluídos e dos que se excluem a si mesmos porque têm perdido a esperança na vida. Basta apenas que agucemos a vista e o ouvido para descobrir essa presença nos muitos homens e mulheres que, às vezes sem se confessar sequer como cristãos, manifestam nesses lugares o amor de Deus Pai para todos.

Uma recomendação final:

Não tenhamos medo de tocar o diferente. Não nos deixemos levar pelos preconceitos. Estendamos a mão e toquemos, como Jesus, e seremos testemunhas do amor de Deus que salva, que reconcilia, cura e acolhe.

Fernando Torres

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

CONCLUSÃO:

O Evangelho de hoje nos mostra coisas muito interessantes. Inicialmente, Jesus desce do monte, o que nos mostra que devemos subir ao monte para conversar sobre coisas importantes, mas não podemos ficar lá para sempre, precisamos descer. As multidões o seguiam, porque o discurso do Evangelho convence, faz com que as pessoas dêem sua adesão a Jesus e à causa do Reino. Por fim, nos mostra que as verdades refletidas sobre o monte devem ser vividas, pois Jesus faz isso, vendo a necessidade de quem dele se aproxima e fazendo o que está ao seu alcance para que o mal seja vencido e todas as pessoas possam ter uma vida digna de filhos e filhas de Deus. (CNBB)

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