1º de Julho: 6ª feira
Evangelho - Mt 11,25-30
O evangelho de hoje nos fala da íntima relação entre o Pai e o Filho, e da revelação de Deus Pai em seu Filho Jesus Cristo, enviado ao mundo para nos redimir dos pecados, nos salvar.
"Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso" – eis o convite expressivo de Jesus Cristo num ato de doação amorosa a todos nós, seus filhos.
Como poderíamos rejeitar esse convite? Como poderíamos ignorar as suas palavras de conforto se em nosso dia a dia, por muitas vezes, nos desanimamos diante das situações conflituosas em que nos encontramos? Quantas e quantas vezes lutamos contra a correnteza e chegamos quase a abandonar o barco? E, finalmente, é a Ele que recorremos.
Queridos irmãos, vejamos esta pequena história intitulada "Pegadas na areia", que nos ajuda a refletir melhor sobre Jesus carregando o nosso fardo, sempre, e até mesmo nos momentos que nem sequer imaginamos existir alguém nos assistindo.
Uma noite eu tive um sonho. Sonhei que estava a andar na praia com o Senhor e a minha frente, passavam cenas da minha vida.
Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era meu e o outro do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também, que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos da minha vida. Isso me entristeceu muito, e perguntei então ao Senhor: "Senhor, Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre comigo, Durante a minha caminhada, notei que nos momentos mais difíceis da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas que mais necessitava de Ti, Tu me deixastes."
O Senhor respondeu-me: "Meu Irmão. Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na areia, apenas um par de pegadas, fora exatamente aí que EU, te carreguei nos braços..."
E aí, caros irmãos e irmãs: como podemos duvidar da presença vivificante de Jesus em todos os nossos dias, nas nossas piores tribulações que nos cegam, nos impedindo de enxergar com mais clareza o Mestre nos amparando, nos carregando ao colo?
Não sejamos hipócritas como foram os mestres da Lei: duros de coração, fechados ao anúncio da Boa Nova de Jesus e resistentes à acolhida dos pobres e excluídos da sociedade. Ou mesmo similares aos privilegiados do poderio econômico, político e social desta nossa contemporaneidade que, instalados em seus altos cargos, ignoram as precárias condições de vida em que se encontram muitos dos nossos irmãos, sem dignidade de atendimento nas áreas da assistência social, na saúde, moradia, alimentação, entre outras.
"Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso" – assim disse Jesus. Creiamos nisso em todos os momentos e não apenas nas horas de desespero.
Peçamos então a Jesus – nosso único intercessor junto ao Pai – que nos fortaleça na fé, na oração, na caridade, no anúncio e no testemunho das suas obras grandiosas em nossas vidas, de maneira que possamos acolher mais e melhor o nosso próximo, sendo vitoriosos por Ele e através d'Ele.
"Eu sou manso e humilde de coração." Sejamos também como Jesus. Amém!
Abraços fraternos, na paz de Cristo!
Nancy – professora
Nenhum comentário:
Postar um comentário